O presidente da Rússia, Vladimir Putin, informou nesta quarta-feira, 27, os soldados ucranianos intensificaram os ataques nas linhas de frente defendidas pelos russos. Em depoimento à agência de notícias Reuters, altos funcionários de Washington afirmaram que a contraofensiva de Kiev começou uma nova etapa.
A nova fase da contraofensiva ucraniana, que deu seus primeiros passos em junho, teria como objetivo expulsar militares russos de 20% das zonas ocupadas, de acordo com os americanos. Questionado sobre os comentários, o ministro da Defesa da Ucrânia, Yuriy Sak, defendeu que “não há nada de novo” nas linhas de frente, mas que “com certeza” estão avançando nas regiões ao Sul do país.
Em comunicado na televisão russa, Putin alegou que os ataques de Kiev estão sob controle e que os militares ucranianos teriam sofrido baixas consideráveis. Como de praxe, os ministérios de ambas as nações apresentam pareceres opostos sobre os rumos do conflito, que teve início em fevereiro do ano passado.
Enquanto a Rússia defende que suas forças detiveram os adversários nas proximidades da aldeia de Klishchiivka, a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, garante que suas tropas estão “avançando gradualmente” em Bakhmut, Klischiivka, Kudriumivka e Andriivka. Segundo ela, Kiev conteve investidas russas ao norte, especialmente em Kupiansk e Lyman.
A nova empreitada ucraniana enfrenta obstáculos e resistência dos soldados de Moscou, já que centenas de milhares de quilômetros quadrados foram ocupados. Em setembro do ano passado, Putin anexou ilegalmente quatro regiões que, somadas, correspondem a 15% do país: Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk.
O horizonte repleto de dificuldades não parece ter desanimado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Durante um discurso na terça-feira 25, ele elogiou os “resultados muito bons” de seus combatentes, prometendo fornecer detalhes sobre as novas conquistas nos próximos dias. Sabe-se que o rio Mokri Yaly, ao sudoeste, tem sido palco de lutas intensas.