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Putin é ‘racional’, mas errou cálculo ao invadir Ucrânia, diz Biden

Entrevista de presidente americano aconteceu feita poucas horas depois de uma reunião de emergência com membros do G7 e presidente da Ucrânia

Por Da Redação 12 out 2022, 08h25
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  • Em entrevista exclusiva à rede americana CNN na noite de terça-feira 11, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse acreditar que, embora o presidente russo, Vladimir Putin, seja uma “pessoa racional”, ele teria calculado de forma errada sua capacidade de seus militares ocuparem a Ucrânia depois da invasão de 24 de fevereiro.

    “Acredito que ele é uma pessoa racional que calculou mal significativamente”, disse Biden ao presentador Jake Tapper.

    No entanto, o presidente americano afirmou que a justificativa usada por Putin para invadir o país vizinho é “irracional” e “ridícula”. Inicialmente, o Kremlin usou uma suposta “operação especial de desnazificação” da Ucrânia como argumento para invadir o país vizinho.

    “O discurso e seus objetivos não eram racionais. Acho que ele pensou que seria recebido de braços abertos, que este era o berço da Mãe Rússia em Kiev, e nisso ele fez um cálculo completamente errado”, acrescentou Biden. “Se você ouvir o discurso que ele fez após a decisão ter sido feita, ele falava sobre toda a ideia – que ele precisava ser o líder da Rússia que unia todas pessoas que falam russo. Acho que isso é irracional”.

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    A entrevista do presidente americano foi feita poucas horas depois de uma reunião de emergência com membros do G7, o grupo das sete maiores economias do mundo, junto com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

    Em pronunciamento conjunto, o G7 condenou os novos bombardeios da Rússia, dizendo que ataques a civis são crimes de guerra. O Kremlin, no entanto, nega ter atingido civis deliberadamente.

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    Para o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, os principais alvos são instalações de energia em uma campanha planejada com bastante antecedência para “infernizar a vida dos ucranianos”. Na terça-feira, vários mísseis russos atingiram o território ucraniano pelo segundo dia consecutivo, embora com menos intensidade do que na segunda-feira 10, quando ao menos 75 ataques aéreos mataram 19 pessoas e feriram mais de 100. Os bombardeios também interromperam o fornecimento de energia em todo o país.

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    No encontro, Zelensky pediu por mais sistemas de defesa aérea, definidos por ele como “prioridade número um” no momento. 

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    Zelensky pediu ainda por novas sanções para aquilo que chamou de “novo estágio de escalada do Kremlin” e pleiteou uma missão internacional de monitoramento da fronteira entre a Ucrânia e Belarus. Em resposta, o líder bielorruso, Alexander Lukashenko, acusou os ucranianos de se prepararem para invadir o seu país, embora não tenha apresentado nenhuma prova. 

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