Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Putin quer diálogo “sério” com os EUA para evitar corrida armamentista

Rússia alerta para necessidade de 'evitar caos'; ao retirar-se de acordo nuclear com Moscou, Washington mira na China

Por Da Redação
Atualizado em 5 ago 2019, 16h14 - Publicado em 5 ago 2019, 16h00

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta segunda-feira, 5, um “diálogo sério” para “evitar o caos” após o fim do Tratado de Armas Nucleares de Alcance Intermediário (INF). Também advertiu que a Rússia se verá “obrigada” a desenvolver novos mísseis se Washington antecipar-se nessa mesma iniciativa.

Na sexta-feira 2, após seis meses de tentativas frustradas de diálogo, Estados Unidos e Rússia reconheceram o fim do INF. O acordo foi firmado em 1987 pelos então presidentes Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev. Nesta segunda-feira, depois de Putin presidir reunião do Conselho de Segurança para tratar do fim do INF, o Kremlin divulgou uma nota para insistir na via do diálogo.

“Para evitar o caos, onde não há qualquer regra, limite ou lei, devemos refletir novamente sobre todas as consequências perigosas possíveis e travar um diálogo sério, sem ambiguidades”, dizia o texto, assinado pelo próprio Putin. “A Rússia considera necessário retomar por completo e sem demora as conversas para garantir a estabilidade estratégica e a segurança. Nós estamos dispostos”, declarou o líder russo.

O presidente russo advertiu sobre uma possível “corrida armamentista ilimitada”, se Washington se lançar à produção de mísseis proibidos pelo Tratado INF. Horas antes do fim do acordo, os Estados Unidos anunciaram o desenvolvimento de novos mísseis convencionais. Como reação, Putin ordenou aos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, assim como aos serviços de Inteligência russos, que acompanhem “atentamente” as iniciativas de Washington a este respeito.

Putin não trata esse jogo como rearmamento russo, mas como iniciativas de Moscou com “caráter exclusivamente de reciprocidade”.

Continua após a publicidade

Os americanos afirmam que Moscou aumentou suas capacidades de maneira incompatível com as bases do INF, que abarcava mísseis com alcance de 500 a 5.500 quilômetros. Porém, a saída americana do tratado não visa a Rússia, mas a China. Desenvolver novos misseis de alcance intermediário, para os Estados Unidos, seria uma maneira de colocar um freio na expansão chinesa no Oceano Pacífico e asseguraria a integridade das bases e dos interesses americanos na região.

“Apesar de tudo que aconteceu, contamos com o bom senso e com o senso de responsabilidade dos nossos colegas americanos e de seus aliados — diante de seus povos e diante de toda comunidade internacional”, acrescentou Putin.

Agora, resta em vigor apenas um acordo nuclear bilateral entre Moscou e Washington, o Start. Esse acordo prevê que ambas as potências mantenham seus arsenais nucleares muito abaixo do nível da Guerra Fria. A última etapa do Start chega a seu fim em 2021.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.