A queda de um avião militar antigo, um Junkers JU52 HB-Hot, ocorrida ontem em uma região montanhosa no cantão de Grisões, na Suíça, causou a morte de 20 pessoas, informou neste domingo (5) a polícia local em entrevista coletiva na qual classificou o episódio como o pior acidente aéreo no país desde o ano de 2001.
A aeronave, construída na Alemanha em 1939 e que era usada para voos panorâmicos sobre os Alpes suíços, caiu “quase de maneira vertical e em grande velocidade” perto da cidade de Flims, de acordo com o responsável pela investigação do acidente, Daniel Knecht.
O avião militar tinha 17 lugares para passageiros e três para tripulantes. Ele fez uma viagem turística em Tessino e deveria aterrissar por volta das 17h (horário local; 10h de Brasília) no aeroporto de Dubendorf, no cantão de Zurique.
As vítimas, 11 homens e 9 mulheres de idades entre 42 e 84 anos, eram na maioria nascidas na Suíça. Apenas um casal e seu filho eram estrangeiros, de nacionalidade austríaca.
Knecht descartou fatores externos como causa da queda, como uma colisão com outro avião. Como a aeronave não tinha caixa preta, o trabalho de investigação é mais complexo, segundo ele.
O cofundador da companhia à qual a aeronave pertencia, Kurt Waldmeier, declarou em entrevista coletiva que ontem foi o “pior dia nos 39 anos de história” da empresa.
Segundo ele, o avião não tinha registro de problemas técnicos e passou por uma manutenção no final de julho. Waldmeier alegou também que as aeronaves da companhia só são pilotados por profissionais de grande experiência.
Desde 2001 não acontecia na Suíça um acidente aéreo com tantas mortes. Naquele ano, um avião da companhia regional Crossair caiu perto da cidade de Bassersdorf, e 24 pessoas morreram, entre elas a americana Melanie Thornton, vocalista do grupo de eurodance La Bouche.
(Com EFE)