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Quem é Santiago Peña, economista conservador e novo presidente paraguaio

Vitória no domingo marca mais um passo para hegemonia do Partido Colorado

Por Da Redação
1 Maio 2023, 09h16
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  • Com uma vantagem de mais de 15 pontos em relação ao segundo lugar e mais força do que previsto nas pesquisas, Santiago Peña, de 44 anos, foi eleito no domingo, 30, presidente do Paraguai, marcando mais um passo para a hegemonia do Partido Colorado, apesar de acusações de corrupção. A sigla comanda o país há mais de 70 anos, com exceção do intervalo do governo de Fernando Lugo, eleito em 2008 e destituído em 2012.

    Com mais de 99% das urnas apuradas, o conservador ficou com a primeira posição com 42,74% dos votos, contra Efraín Alegre, que com uma coligação de centro-esquerda obteve 27,49%. Em terceiro lugar ficou Payo Cubas, ex-legislador anti-establishment de direita, com 22,92%.

    Com a decisão nas urnas, Peña será sucessor do colega de sigla Mario Abdo Benítez, que disse que trabalhará para uma transição tranquila e frutífera. Empossado, Peña terá como principais desafios uma estagnação econômica que atinge todo o país, além de níveis crescentes de violência. 

    “Hoje não estamos comemorando um triunfo pessoal, mas a vitória de um povo que escolheu o caminho da paz social”, disse Peña em seu primeiro discurso como presidente eleito. “A tarefa que nos espera não é de uma só pessoa ou partido, devemos apelar à unidade e ao consenso. Chegou a hora de deixar as divisões”.

    Pais aos 17 e economista do FMI

    Pai com apenas 17 anos e casado desde os 19 com Leticia Ocampo, mãe de seus dois filhos de 26 e 17 anos, Peña começou a desenvolver sua carreira profissional ainda muito jovem. Formado pela Universidad Católica Nuestra Señora de Asunción, ingressou como estudante no Banco Central do Paraguai (BCP), onde atuou como economista.

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    Depois de estudar Políticas Públicas na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e deixar o BC paraguaio, se mudou para os Estados Unidos para atuar no departamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) voltado à África.

    Ele voltou ao Paraguai como diretor do Banco Central Paraguaio, cargo do qual renunciou depois que o então presidente Horacio Cartes propôs que ele se tornasse seu ministro da Fazenda, entre 2013 e 2018. “Aos 35 anos, tornei-me ministro da Fazenda, chefe da equipe econômica, presidente do conselho de empresas públicas”, lembrou Peña em entrevista à agência de notícias EFE.

    Mas o desafio mais difícil de Peña é justamente sua proximidade com Horacio Cartes, sancionado pelo governo dos Estados Unidos por acusações de ter “um padrão coordenado de corrupção”, alegando que ele pagou aos legisladores até US$ 50.000 por mês durante sua presidência e conduziu alguns de seus negócios ilícitos em eventos organizados pelo Hezbollah.

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    “Peña é uma pessoa que se apresenta como um tecnocrata, um especialista em economia de alto nível. A questão é se isso pode compensar a falta de capital político”, disse Magdalena López, da Universidade de Buenos Aires, à rede BBC.

    A entrada na política de fato se concretizou em 2017, quando registrou seu interesse de se candidatar à Presidência pelo Partido Colorado, com apoio do movimento interno Honor Colorado, liderado por Cartes.

    “Em uma conversa com o presidente Horacio Cartes, ele me perguntou: ‘Olha, ministro, são cinco candidatos, você é um desses cinco candidatos. Se você estiver disposto a tentar, acho que valeria a pena. E eu aceitei o desafio”, disse.

    Embora tenha perdido para Abdo Benítez nas internas partidárias, Peña saiu com força e mostrou, o que se concretizou no domingo, que poderia ser o novo rosto do partido para o público.

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