Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Rebelião em prisão deixa ao menos 41 mulheres mortas em Honduras

Presidente Xiomara Castro expressou choque com o que descreveu como 'assassinato monstruoso' e prometeu 'medidas drásticas'

Por Da Redação Atualizado em 21 jun 2023, 11h03 - Publicado em 21 jun 2023, 11h02

Pelo menos 41 mulheres morreram em uma rebelião em uma prisão em Honduras na terça-feira, 20, provocada por uma briga entre gangues. Algumas das vítimas foram queimadas até a morte, depois de uma série de medidas para repressão a atividades ilícitas dentro das prisões do país.

De acordo com um porta-voz da agência nacional de investigação da polícia, a revolta ocorreu na prisão de Tamara, a cerca de 50 km da capital hondurenha, Tegucigalpa. Os corpos foram encontrados depois que a insurreição foi controlada por forças policiais.

Além das mulheres queimadas, algumas vítimas foram mortas a tiros e pelo menos sete presidiárias foram levadas a um hospital de Tegucigalpa para tratar ferimentos de tiros e facadas.

+ Congressistas dos EUA pedem fim de financiamentos ao regime de Ortega

Nas redes sociais, a presidente do país, Xiomara Castro, disse que ficou chocada com o que descreveu como o “assassinato monstruoso” das mulheres. Ela demonstrou solidariedade às famílias e atribuiu a violência as poderosas gangues de rua, acrescentando que tomaria “medidas drásticas”.

Continua após a publicidade

Uma associação para famílias de presos afirmou que a confusão começou depois de uma briga na prisão entre membros das gangues rivais Barrio 18 e Mara Salvatrucha (MS-13). As gangues exercem amplo controle dentro das prisões hondurenhas, onde os presos muitas vezes estabelecem suas próprias regras e vendem mercadorias proibidas.

Parentes das presidiárias se reuniram do lado de fora da prisão para receber informações sobre suas familiares.

“Estou procurando informações sobre o que aconteceu com minha filha, mas ainda não nos informaram”, disse Ligia Rodríguez, mãe de uma detenta, em entrevista a emissoras locais.

Continua após a publicidade

+ Xiomara Castro declara vitória na eleição presidencial de Honduras

A chefe do sistema prisional do país, Julissa Villanueva, sugeriu que o motim começou devido as tentativas recentes das autoridades de reprimir atividades ilícitas dentro das prisões. Ela também chamou a violência de resultado “das ações que estamos tomando contra o crime organizado” e afirmou que “não vamos recuar”.

O motim parece ser a pior tragédia em um centro de detenção feminino na região desde 2017, quando meninas em um abrigo para jovens na Guatemala atearam fogo em colchões para protestar contra estupros e outros maus-tratos na instituição superlotada. Na ocasião, 41 meninas foram mortas pela fumaça e pelo fogo.

O pior desastre em uma prisão em um século também ocorreu em Honduras, em 2012, na penitenciária de Comayagua, onde 361 detentos morreram em um incêndio. A maioria das vítimas nunca foi acusada ou condenada por um crime.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.