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Refugiados LGBT temem futuro após medida de Trump

Desde que o governo dos Estados Unidos cancelou pedidos de asilo, homossexuais fugidos do Irã não podem entrar no país

Por Da redação
Atualizado em 1 fev 2017, 13h47 - Publicado em 1 fev 2017, 11h21
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  • Donald Trump
    O candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, mostra uma bandeira LGBT com a frase 'LGBTs por Trump' durante evento de campanha em Greeley, Colorado (Carlo Allegri/Reuters)

    Quando escaparam da perseguição no Irã, gays, lésbicas, bissexuais e transexuais acreditaram que encontrariam um lugar seguro nos Estados Unidos. Enquanto aguardavam a aceitação de seus pedidos de asilo, porém, o presidente Donald Trump anunciou a ordem executiva que proíbe a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos.

    A medida para “combater o terrorismo”, anunciada na semana passada, também suspendeu o sistema americano para admissão de refugiados por pelo menos 120 dias. O presidente republicano afirmou que irá priorizar a aceitação de membros de minorias religiosas, como católicos, mas não fez menção sobre aqueles que oprimidos por sua orientação sexual.

    Mitra, de 27 anos, deixou o Irã em 2014, onde a homossexualidade é passível de pena de morte, após ser perseguida por editar uma revista LGBT. Assim como outra dezena de iranianos, ela fugiu para Turquia, de onde pode conduzir o processo legal para receber asilo nos Estados Unidos. De acordo com o jornal The Guardian, Mitra passaria por sua última entrevista com a agência de refugiados das Nações Unidas neste mês. “Me ligaram e disseram que foi cancelada”, disse à publicação.

    Antes da ordem de Trump, os Estados Unidos eram o único lugar viável para gays iranianos. O Canadá deixou de aceitá-los, porque decidiu focar em receber refugiados sírios. Já os países europeus não costumam aceitar pedidos de fugitivos que chegaram através Turquia, onde dizem estarem sofrendo ainda mais com preconceito e violência. “Meus sonhos e esperanças estão sendo destruídos. Não importa se vou para o Canadá ou os Estados Unidos, só quero ir para qualquer lugar seguro”, disse Mitra ao Guardian.

    Gay e com deficiência física, Javad, de 50 anos, já viu dois amigos serem espancados na Turquia, além presenciar diversos suicídios. “Fui abandonado pela minha família, pelo meu país e agora não tenho onde ir”, comentou. Assim como Mitra, Javad pede que Trump abra exceção na ordem para casos de asilo por orientação sexual, da mesma forma que há para minorias religiosas.

    Para Ana, forçada a abandonar o filho de 7 anos no Irã por ser lésbica, ainda é “inacreditável” que os pedidos sejam cancelados pelos Estados Unidos, uma vez que passam por longos processos legais junto à ONU. “As ordens deveriam dizer respeito a imigrantes ilegais, não refugiados como nós”, disse ao site BuzzFeed News.

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