Reino Unido considera dificultar compra de bestas após homicídio triplo
Arma, espécie de arco e flecha acionado por gatilho, foi utilizada para matar a esposa e as duas filhas de comentarista da BBC no norte de Londres
O novo governo do Partido Trabalhista, que conquistou a maioria dos assentos do Parlamento do Reino Unido nas eleições da semana passada, disse nesta quinta-feira, 11, que vai “considerar prontamente” reforçar as leis sobre o controle da propriedade de bestas depois que um homem utilizou a arma, espécie de arco e flecha acionado por gatilho, para matar três mulheres na terça-feira 9 no norte de Londres.
A legislação atual permite que os britânicos possuam uma besta, também conhecida como balestra, sem precisarem de licença. No entanto, é ilegal portá-la em público sem um motivo plausível.
O ministro da Segurança, Dan Jarvis, afirmou que a secretária do Interior, Yvette Cooper, “olharia claramente, com muito cuidado o que aconteceu – eventos devastadores – e terá uma posição em um futuro próximo”.
A arma foi utilizada em diversos crimes nos últimos anos. Em 2021, o assaltante Jaswant Singh Chail invadiu Castelo de Windsor com uma besta na intenção de matar a rainha Elizabeth II. Ele se declarou culpado e foi condenado a nove anos de prisão.
Triplo homicídio
Nesta quarta-feira, 10, a polícia britânica iniciou buscas para encontrar e prender um homem de 26 anos, identificado como Kyle Clifford, suspeito de matar com uma besta a esposa e as duas filhas de John Hunt, comentarista de corridas da BBC.
Os policiais encontraram as vítimas, identificadas como Carol Hunt, 61 anos, e suas filhas Hannah, 28, e Louise, 25, gravemente feridas em uma casa no bairro de Bushey, em Hertfordshire. Os serviços de emergência compareceram ao local do crime, mas as três mulheres não resistiram aos ferimentos e morreram.
Depois de quase um dia de buscas, Clifford foi encontrado ferido no Cemitério Lavender Hill, em Enfield, no norte de Londres. A polícia nega ter atirado no suspeito e afirmou que ele ainda não foi preso.
“Após extensas investigações, o suspeito foi localizado e ninguém mais está sendo procurado em conexão com a investigação neste momento”, disse o detetive inspetor Justine Jenkins, da Unidade de Crimes Maiores de Bedfordshire, Cambridgeshire e Hertfordshire.