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Reino Unido: maioria do Partido Conservador quer renúncia de Liz Truss

Pesquisa sugere que primeira-ministra enfrenta oposição de parlamentares do próprio partido, que planejam sua saída do cargo

Por Da Redação 18 out 2022, 10h32

Uma nova pesquisa divulgada pelo instituto YouGov revela que a maioria dos parlamentares conservadores do Reino Unido recomenda a renúncia da primeira-ministra Liz Truss. Em seu segundo mês no cargo, a política enfrenta uma profunda crise desencadeada por problemas econômicos e forte oposição interna do próprio Partido Conservador.

+ Primeira-ministra do Reino Unido corre risco de perder o cargo, diz jornal

De acordo com o levantamento, 55%  dos legisladores da legenda – incluindo 39% dos que elegeram Truss em julho – apoiam a substituição da primeira-ministra. A porcentagem é similar aos 59% dos parlamentares que formaram oposição a Boris Johnson pouco antes do ex-premiê renunciar.

A pesquisa YouGov também sugere que, se Truss renunciasse, os membros do partido acham que a melhor opção seria os parlamentares concordarem com um único candidato da unidade como substituto, em vez de realizar uma nova votação.

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+ Quem é Liz Truss, sucessora de Johnson como premiê do Reino Unido

Foi o que aconteceu em 2003, quando Iain Duncan Smith perdeu um voto de confiança e foi substituído por Michael Howard.

Questionados sobre quem deveria substituir Truss se ela renunciasse nas próximas semanas, 32% dos congressistas conservadores apontaram Boris Johnson, seguido de Rishi Sunak, ex-secretário do Tesouro do governo anterior, que ficou com 23% da preferência. Ben Wallace, atual secretário de Estado de Defesa também foi citado como opção para 10% dos parlamentares entrevistados.

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No cargo há menos de dois meses, Truss assumiu o poder após a renúncia do ex-primeiro-ministro Boris Johnson, em julho. A líder conservadora está lutando por sua sobrevivência política ao implementar um controverso plano econômico com enormes cortes de impostos, que provocou uma semana de caos nos mercados financeiros.

Na segunda-feira, 17, Truss pediu desculpa por erros em seu programa fiscal e disse que irá voltar atrás. Contudo, a premiê afirmou que a renúncia não é uma opção ela. “Fui eleita para trabalhar por este país. E é isso que estou determinada a fazer”, disse a autoridade britânica em entrevista à BBC.

+ Após turbulência, Reino Unido suspende corte de impostos

Seguindo o comunicado da primeira-ministra, o novo secretário do Tesouro, Jeremy Hunt, prometeu reverter quase todos os cortes de impostos anunciados por Truss. O plano da premiê custaria 43 bilhões de libras (R$ 256 bilhões) aos cofres públicos.

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