Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Reino Unido quer negociar com UE até o fim do ano, apesar de coronavírus

Governo britânico classifica como "limitado" o resultado da última rodada de negociações comerciais com Bruxelas e ameaça abandonar a mesa em junho

Por Da Redação
Atualizado em 27 abr 2020, 17h59 - Publicado em 27 abr 2020, 17h33

O Reino Unido buscará concluir as negociações comerciais com a União Europeia até o fim de 2020 e não vê como a pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, poderá atrapalhar as sua conversas com os europeus, disse nesta segunda-feira, 27, o chefe de gabinete do governo britânico, Michael Gove.

As declarações foram dadas pelo ministro perante o comitê do Brexit no Parlamento britânico. Gove argumentou que um acordo até o fim do ano é “inteiramente possível”, mesmo que a pandemia de Covid-19 “concentre as mentes dos negociadores da União Europeia”. O ministro, no entanto, recusou a dizer se o Reino Unido irá abandonar a mesa de negociação em junho, caso as conversas não avancem.

A última roda de de negociações, em 24 de abril, foi classificada como “decepcionante” por Michel Barnier, negociador-chefe da União Europeia, e como “limitada” pelo governo britânico. As próximas rodadas estão agendadas para a semana de 11 de maio e o início de junho. A extensão do período de transição pode ser solicitada até julho, embora o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, seja contra a prorrogação das negociações.

Continua após a publicidade

O Parlamento britânico aprovou o Brexit em janeiro. O país continuará cumprindo durante 11 meses as regras europeias enquanto negocia suas futuras relações comerciais com os europeus.

Bruxelas quer que o Reino Unido continue a cumprir várias regras da União Europeia, como as que tratam dos subsídios estatais, meio ambiente e normas trabalhistas e tributárias, em troca de uma abertura ampla do mercado europeu – sem tarifas aduaneiras – para os produtos britânicos.

Um dos principais motivos da separação da ilha foi a argumentação de que as políticas da União Europeia estariam se sobressaindo à autodeterminação britânica. Como resposta às exigências europeias, Londres defende o controle sobre seus próprios regulamentos de auxílio estatal. Contudo, Londres diz estar aberta  aos “compromissos recíprocos de não enfraquecer, ou reduzir, o nível de proteção” existente nas legislações trabalhista e de meio ambiente.

Caso as ameaças de Londres se concretizem em junho e o governo britânico se retire das negociações, o risco de um Brexit sem acordo se torna cada vez mais real, com consequências econômicas para ambos os lados. Se as negociações fracassarem, as normas de comércio passarão a ser regidas pela Organização do Comércio (OMC), que está paralisada desde dezembro de 2019 devido ao boicote dos Estados Unidos à nomeação de novos juízes para a corte de apelação.

(Com AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.