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Reino Unido tem novos atos violentos contra imigração; 3 homens são condenados

Com penas de 20 meses a 3 anos, essas são as primeiras sentenças emitidas em meio à onda de protestos violentos da extrema direita

Por Da Redação
Atualizado em 7 ago 2024, 17h43 - Publicado em 7 ago 2024, 17h07

Três homens foram condenados nesta quarta-feira, 7, por participarem de protestos violentos anti-imigração e islamofóbicos, organizados pela extrema direita no Reino Unido, que tiveram início após rumores de que o suspeito de matar três crianças em um ataque a faca na cidade de Southportcidade no noroeste da Inglaterra, é muçulmano.

Os condenados foram identificados como Derek Drummond, de 58 anos, Declan Geiran, de 29, e Liam James Riley, de 41. O primeiro foi sentenciado a 3 anos de prisão e os outros dois a 30 e 20 meses, respectivamente.

As sentenças são as primeiras a serem emitidas em meio à pior desordem em massa enfrentada pelo Reino Unido em 13 anos. Nesta segunda-feira, 5, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, prometeu condenações “rápidas” aos “bandidos de extrema direita” envolvidos nos atos violentos.

O Serviço de Promotoria da Coroa da Grã-Bretanha afirmou que as condenações são apenas as primeiras de muitas. “Os três homens sentenciados hoje são a ponta do iceberg, e apenas o início do que será um processo muito doloroso para muitos que tola e imprudentemente escolheram se envolver em tumultos violentos”, disse a procuradora-chefe, Sarah Hammond, em um comunicado.

Condenações

Drummond, que tem 14 condenações anteriores por 19 crimes em 1988, recebeu a maior pena após se entregar à polícia e admitir ter atacado um policial e agredido um trabalhador de emergência enquanto participava dos atos violentos em Southport na última terça-feira, 30.

“Estou absolutamente envergonhado da maneira como me comportei. Eu decepcionei Southport, decepcionei as crianças, decepcionei minha família”, disse ele. 

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Riley, que obteve a menor pena entre os condenados, confessou ter participado de atos violentos em Liverpool na noite de sábado, 3, e desacatado o policial que o deteve, a quem ele chamou de “traidor” e “amante muçulmano”, disse o promotor Christopher Taylor. Ele também estava “claramente bêbado” quando foi detido e “fez comentários sobre muçulmanos e imigrantes”, expressando “uma visão de que ambos eram culpados pelos trágicos eventos em Southport”, completou o promotor.

Geiran também admitiu ter participado de um protesto violento em Liverpool no sábado. Durante o ato, ele incendiou uma van da polícia, causando um prejuízo de 32 mil libras (quase 230 mil reais).  

“Ele não é um homem inteligente, não é brilhante intelectualmente. Ele não entende o que significa extrema direita e extrema esquerda, ele simplesmente seguiu o fluxo”, disse o advogado de Geiran, Brendan Carville.

O juiz Andrew Menary KC, responsável pela condenação dos três homens, afirmou que muitos viram o assassinato das meninas em Southport como “uma oportunidade de semear divisão e ódio.”

Segurança reforçada

Com mais de 100 atos violentos planejados para ocorrer em grande parte do Reino Unido na quarta-feira, a polícia britânica organizou sua maior mobilização desde os tumultos de 2011 na Inglaterra para se preparar para a potencial violência.

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Preparados para enfrentar a pior noite de violência desde que os tumultos começaram na semana passada, cerca de 6 mil policiais treinados para controlar atos violentos estarão de plantão em toda a Inglaterra. Outros 2 mil oficiais de choque também estarão presentes nas principais regiões do país.

Até o momento, as autoridades efetuaram 428 prisões em 26 áreas do Reino Unido enquanto os investigadores buscam os organizadores por trás dos protestos. 

As manifestações violentas começaram há uma semana, quando influenciadores de extrema direita divulgaram rumores de que um adolescente suspeito de matar três crianças em um ataque a facadas a uma escola infantil de dança em Southport seria um refugiado que faz parte da comunidade muçulmana.

Apesar dos rumores terem sido negados pela polícia, multidões furiosas organizaram protestos violentos marcados por discurso de ódio contra imigrantes e muçulmanos. Os atos levaram a um aumento de cinco vezes nas ameaças às pessoas de religião islâmica, como estupro e morte, e um aumento de três vezes nos casos de crimes de ódio, de acordo com o Tell Mama, um grupo de monitoramento nacional.

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