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Reino Unido volta atrás e desiste de separar família de imigrantes brasileiros: ‘Grande alívio’

Mudança ocorreu em meio à pressão da imprensa britânica e brasileira, em paralelo às negociações parlamentar local, Steve Race, e de diplomatas de Brasília

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 jul 2025, 10h10 - Publicado em 9 jul 2025, 10h09

O Ministério do Interior do Reino Unido reverteu uma decisão que separava uma família de imigrantes brasileiros ao obrigar que os dois filhos retornassem ao Brasil sem os pais, informou o jornal britânico The Guardian nesta quarta-feira, 9. A mudança ocorreu em meio à pressão da imprensa britânica e brasileira, em paralelo às negociações parlamentar local, Steve Race, e de diplomatas de Brasília.

Guilherme e Luca, 11 e 8 anos, tiveram o direito de permanência revogado devido ao divórcio dos pais, que têm vínculo empregatício no país. Ana Luiza Cabral Gouveia, enfermeira do NHS (o “SUS britânico”), e Hugo Barbosa, professor sênior de ciência da computação na Universidade de Exeter, se mudaram para o Reino Unido em 2019. Criados fora do Brasil desde pequenos, os meninos sequer falam português fluente.

A família dependia do visto de Hugo, que entrou com pedido de renovação para ele e os filhos no ano passado — para solicitar o documento, é preciso ter vínculo de trabalho no território britânico há cinco anos. A coisa desandou depois do divórcio dos dois, alguns anos após chegarem ao Reino Unido.

A mãe, por sua vez, conseguiu um visto para trabalhadores qualificados em 2022, mas não tem autorização de permanência indefinida, à que o pai tem direito por ter visto de trabalho há mais de cinco anos. O pedido dos meninos foi negado, uma vez que é necessário que ambos os pais tenham a permissão de morar no país.

+ Reino Unido informa pais imigrantes que filhos pequenos devem voltar ao Brasil sozinhos

Pressão sobre o ministério

Hugo entrou com apelação, mas sem sucesso a princípio. Na ocasião, o Ministério do Interior britânico alegou que não há “razões sérias e convincentes para lhe conceder o acordo” e recomendou que Guilherme “retorne ao Brasil com a família”. Luca, em contrapartida, ainda aguardava a decisão, mas também foi orientado a deixar o país.

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Além disso, alertou que se os adolescentes permanecessem no país, poderiam ser detidos e processados. O drama da família, então, passou a ser veiculada na mídia — em especial, pelo The Guardian, que noticiou em primeira mão –, aumentando a pressão sobre o governo britânico.

Com isso, o Ministério do Interior decidiu “reconsiderar excepcionalmente” o caso. Além disso, permitiu que o pedido inicial, que foi negado, fosse alterado e reembolsou a taxa de cerca de £ 6.000 (mais de R$ 44 mil) gasta pela família no documento. Ao comentar sobre o caso ao The Guardian, um porta-voz do ministério afirmou que o governo trabalhou “incansavelmente para manter um sistema de imigração firme, mas justo, que opere de acordo com a lei do Reino Unido e as obrigações internacionais, sem exceção”.

“Foi um grande alívio para todos nós. Foi um momento muito estressante para toda a família. Busquei o Guilherme na escola e contei a boa notícia. Ele correu de volta para a sala e disse aos amigos: ‘Não vou precisar sair do país agora.'”, contou Hugo. “Recebi tantas mensagens de apoio de tantas pessoas. Tudo isso me fez sentir muito mais conectado com o Reino Unido.”

 

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