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Ricardo Salles ironiza Macron com trocadilho

No Twitter, ministro do Meio Ambiente acusou presidente francês de se interessar pela proteção da Amazônia apenas para enfraquecer agronegócio brasileiro

Por Da Redação
Atualizado em 24 ago 2019, 15h49 - Publicado em 24 ago 2019, 15h44

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi ao Twitter neste sábado, 24, para atacar o presidente da França, Emmanuel Macron, e fez um trocadilho com o sobrenome do líder estrangeiro.

“Mais fogo em Angola e Congo do que na Amazônia…. e o Mícron não fala nada …. por que será? Será que é por que eles não concorrem com os ineficientes agricultores franceses ?”, escreveu Salles, acusando o presidente francês de se interessar pela proteção da Amazônia apenas para tentar enfraquecer o agronegócio brasileiro.

O ministro compartilhou uma matéria da agência de notícias Bloomberg, que afirma que, apesar da grande repercussão internacional, o Brasil está em terceiro lugar em número de incêndios florestais registrados nas últimas 48 horas, atrás da Angola e da República Democrática do Congo (RDC).

Segundo imagens capturadas pelo satélite MODIS, da Nasa, foram registrados 6.902 incêndios na Angola nos dois últimos dias, comparados a 3.395 na RDC e 2.127 no Brasil.

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Emmanuel Macron está na linha de frente da pressão internacional contra o Brasil pelo aumento das queimadas na Amazônia. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as queimadas tiveram um acréscimo de 82% de janeiro a agosto de 2019 ante o mesmo período do ano passado. Esta é a maior alta no índice em sete anos.

O presidente francês convocou os líderes das sete maiores economias do mundo a discutirem as políticas ambientais brasileiras na reunião de cúpula do G7, que acontece neste final de semana em Biarritz, na França. Sua posição foi apoiada por outros líderes, como a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o premiê britânico, Boris Johnson, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

Macron também foi mais longe e na sexta-feira 23 anunciou sua oposição ao acordo de livre-comércio assinado entre a UE e o Mercosul, acusando Bolsonaro de ter mentido sobre seus compromissos com o meio ambiente.

Fechado em junho deste ano, depois de mais de 20 anos de negociação, o pacto prevê a implementação das medidas previstas pelo Acordo de Paris sobre o clima, que inclui, entre outros temas, o combate ao desmatamento e à redução da emissão de gases do efeito estufa.

Neste sábado, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, aumentou a pressão sobre o governo de Jair Bolsonaro ao afirmar que é “difícil imaginar” um acordo entre Mercosul e União Europeia enquanto o Brasil não controlar as queimadas que avançam na Amazônia.

Conheça os detalhes de cada etapa da história de Ricardo Salles em mais uma edição do podcast Funcionário da Semana:

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