Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Roger Pinto Molina planejava disputar eleições na Bolívia

O ex-senador, que vivia asilado o Brasil desde 2013, estava disposto a enfrentar Evo Morales, apesar do risco de prisão

Por Leonardo Coutinho, de Washington
Atualizado em 17 ago 2017, 21h17 - Publicado em 17 ago 2017, 19h56

O ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, que morreu ontem em decorrência dos ferimentos provocados por um acidente aéreo, tinha planos de voltar à política. Por meio do aplicativo WhatsApp, ele confirmou que estava planejando uma forma de voltar à Bolívia, país do qual havia fugido em 2013. As mensagens foram enviadas em 2 de julho deste ano.

“Será uma decisão em seu momento. Trabalhamos na construção de uma alternativa a Evo Morales. E para disputar o governo tenho que estar em 2019 na Bolívia. Não se poderá fazer isso desde fora.”

 

conversa-roger-pinto
Mensagens enviadas por Roger Pinto Molina, em julho, nas quais ele reconhecia o desejo de retornar à Bolívia para disputar as eleições presidenciais (Arquivo Pessoal/VEJA)

Quando perguntado se não haveria risco de ser enviado para cadeia, o ex-senador afirmou:

“Sem dúvida, Evo (Morales) fará isso. Mas bem. A ideia será desafiar o regime e os riscos que isso possa vir a ter”.

Alertado sobre o perigo de repetir o exemplo do líder opositor venezuelano Leopoldo López – que se entregou para polícia do regime de Nicolás Maduro na Venezuela na esperança de ser libertado em seguida, acabou condenado e passou três anos de prisão – Roger Pinto afirmou:

“Tenho amigos meus que estão dez anos presos na Bolívia. Sei dos riscos. Teremos que rezar muito para tomar essa decisão, mas meu desejo é voltar e enfrentá-los desde lá. São perigosos, os conheço e hoje está muito mais perigoso pelo narcotráfico totalmente estabelecido e movimentando um negócio de mais de 2 bilhões de dólares”

Antes de se solicitar asilo político ao Brasil, Roger Pinto Molina passou 453 dias refugiado na Embaixada do Brasil em La Paz. sua vinda para o Brasil se deu em meio a uma operação de resgate liderada pelo diplomata brasileiro Eduardo Saboia. O caso abriu uma crise diplomática entre os dois países.

Continua após a publicidade

Para conseguir subsistir no Brasil, Pinto Molina passou a trabalhar como piloto particular e instrutor de voo. Em entrevista publicada por VEJA, em fevereiro, o ex-senador falava de seu esforço em tentar reconstruir sua vida e o trabalho era sua principal conquista. As causas do acidente são investigadas pela Força Aérea Brasileira.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.