Rua luxuosa de Los Angeles faz barreira policial para conter arrastões
Rodeo Drive, no badalado distrito de Beverly Hills, também contratou segurança particular e até drones para rastrear ladrões
Famosa pela alta concentração de marcas de luxo e estrelas de Hollywood, a Avenida Rodeo Drive, em Beverly Hills, Los Angeles, iniciou a instalação de dezenas barreiras de concreto na calçada para conter a crescente onda de arrastões que vem assustando a região.
As barreiras tem como objetivo dificultar a ação rápida dos ladrões, que descem às dezenas de carros e em questão de minutos fazem a limpa no comércio de luxo.
Entre os alvos preferidos estão uma megaloja da grife francesa Louis Vuitton. Constantemente arrebentadas, as vidraças também foram trocadas por versões à prova de balas.
Nas últimas semanas, os arrastões se intensificaram em cidades espalhadas pelos Estados Unidos, atingindo ainda Chicago, São Francisco e Seattle. Há também uma disparada nacional nos homicídios, a maior em 50 anos.
“É uma das ruas mais icônicas do mundo. Pessoas de todos os cantos vêm aqui fazer suas compras. Os ladrões se aproveitam da intensa movimentação para agir”, disse Mark Steinbrook, chefe de polícia de Beverly Hills, à rede de TV americana ABC News.
Presidente da associação comercial da Rodeo Drive, Kathy Gohari afirmou à emissora que só em 2021 a rua sofreu mais arrastões do que ao longo de toda a última década.
A polícia afirmou ainda ter dobrado o contingente de homens que fazem patrulha na Rodeo Drive.
E anunciou que já instalou 2.000 câmeras de altíssima resolução em toda a região metropolitana de Los Angeles. E até 2022, o departamento garante que serão utilizados drones de vigilância.
O que, no entanto, não deixou os comerciantes satisfeitos. Eles já contrataram seguranças particulares para rondar a avenida.
Segundo a polícia, o problema é causado por uma combinação de leniência do judiciário, perda de poder aquisitivo pela pandemia e corte de orçamento em segurança pública.
“Estamos frustrados porque a opinião pública diz que não estamos fazendo nosso trabalho. Nós estamos. O problema é que prendemos e o sistema jurídico vai lá e solta. Precisamos de ajuda da nossa justiça”, reclamou Steinbrook.