Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Rússia alerta para riscos decorrentes de urânio enviado pelos EUA a Kiev

Em Kiev, secretário de Estado americano anunciou pacote de ajuda que inclui, entre outros pontos, munições para tanques com urânio empobrecido

Por Da Redação
7 set 2023, 08h44

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta quinta-feira, 7, que os Estados Unidos terão que responder às “consequências muito tristes” da decisão de fornecer munições de urânio empobrecido à Ucrânia.

Durante viagem a Kiev na quarta-feira, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou um pacote de ajuda de 176 milhões de dólares que inclui, entre outros pontos, as munições para tanques Abrams com urânio empobrecido. Como o urânio é um metal denso e não se deforma em contato com alvos, ele é usado para projéteis e bombas por sua capacidade de penetração. No entanto, o uso é alvo de críticas, incluindo da Coalizão Internacional para Proibir Armas de Urânio, por supostos riscos para militares e civis, à medida que a ingestão ou inalação de poeira de urânio pode causar danos como câncer.

+ Controversas, bombas de fragmentação são ‘eficazes’ na Ucrânia, dizem EUA

“Estas consequências também são sentidas pelas gerações subsequentes daqueles que de alguma forma entraram em contato ou estiveram em áreas onde estas armas foram usadas”, disse Peskov, que afirmou que o uso da munição por forças da Otan, a principal aliança militar ocidental, causou um salto de casos de câncer e outras doenças após bombardeios à Iugoslávia, em 1999.

O órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas, a Agência Internacional de Energia Atómica, afirma que estudos na antiga Iugoslávia, Kuwait, Iraque e Líbano “indicaram que a existência de resíduos de urânio empobrecido dispersos no ambiente não representa um risco radiológico para a população das regiões afetadas”.

Continua após a publicidade

A decisão de enviar armas com urânio empobrecido segue a decisão de enviar bombas de fragmentação à Ucrânia. Em julho, a Casa Branca confirmou que Kiev tá usando “de forma eficaz” contra soldados russos o armamento proibido em mais de 100 países devido à ameaça aos civis, já que espalha centenas de projéteis (ou bombas menores) quando explode.

Washington decidiu fornecer bombas de fragmentação depois que a Ucrânia alertou que estava ficando sem munição já no primeiro mês de sua aguardada contraofensiva, mais lenta e mais cara do que muitos esperavam. O presidente americano, Joe Biden, chamou a decisão de “muito difícil”, enquanto uma série de aliados, como Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia e Espanha, se opôs à medida.

Justificando-se, a Casa Branca informou que a grande maioria das bombas de fragmentação enviadas à Ucrânia têm taxa de sucesso superior a 97%, ou seja, explodem imediatamente e têm baixo risco continuar engatilhadas por anos, representando uma ameaça a civis, como campos minados.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.