Rússia anuncia trégua humanitária em Ghuta Oriental
Cessar-fogo começa nesta terça-feira e terá duração de um mês
Por Da redação
Atualizado em 26 fev 2018, 20h57 - Publicado em 26 fev 2018, 19h34
Menino atravessa um edifício completamente destruído durante ataques aéreos das forças do regime sírio na cidade rebelde de Douma, na região sitiada de Ghuta Oriental - 20/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
1/14 Fumaça sobe dos edifícios após o bombardeio na aldeia de Mesraba, na região de Ghouta ocupada por rebeldes e sitiada nos subúrbios da capital Damasco - 19/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
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3/14 Criança síria ferida em bombardeios atribuídos às forças do governo chora enquanto recebe tratamento em um hospital na cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital, Damasco - 19/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
4/14 Homem faz orações ao lado de corpos preparados para o o funeral de vítimas civis mortas durante ataques aéreos do governo na cidade rebelde de Arbin, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Amer Almohibany/AFP)
5/14 Menino ferido recebe tratamento em um hospital em Douma após ataques aéreos do governo na aldeia síria de Mesraba, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital Damasco - 19/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
6/14 Homem carrega uma criança ferida em bombardeios do governo na cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital Damasco - 19/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
7/14 O pequeno Mohammed chora enquanto recebe tratamento em um hospital em Kafr Batna depois de ter sido ferido com sua mãe nos ataques aéreos das forças do governo na cidade de Jisreen, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Ammar Suleiman/AFP)
8/14 Nuvem de fumaça é vista na sequência de um ataque aéreo das forças do governo sírio à cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital Damasco - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
9/14 Membros da defesa civil síria resgatam um homem dos escombros após ataque aéreo das forças do governo no reduto rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
10/14 Menino corre em frente a edifício completamente destruído durante ataques aéreos das forças do regime sírio na cidade rebelde de Douma, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
11/14 Cão corre em meio aos escombros após um poderoso ataque aéreo das forças do governo da Síria na cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital, Damasco - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
12/14 Homem é socorrido por membros da defesa civil da Síria. Os ataques aéreos do regime após três dias de intensos bombardeios no reduto rebelde de Ghouta já deixaram ao menos 300 mortos - 20/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
13/14 Nuvens de fumaça surgem na sequência de um poderoso ataque aéreo do regime sírio contra o reduto rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
14/14 Homem resgata uma criança ferida após ataque aéreo das forças do governo sírio no reduto rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental nos arredores da capital, Damasco - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
“Por ordem do presidente russo, Vladimir Putin, e com o objetivo de evitar vítimas entre a população civil de Ghuta Oriental, a partir do dia 27 de fevereiro, ou seja, amanhã, entre as 9 horas e as 14 horas [horário local], todo dia será feita uma pausa humanitária”, afirmou o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu.
O ministro antecipou, além disso, que “para a saída de civis será aberto um corredor humanitário”, cujas coordenadas serão divulgadas “em breve”.
A medida foi anunciada após a adoção, no sábado, pelo Conselho de Segurança da ONU de uma resolução exigindo “sem demora” um cessar-fogo humanitário de um mês na Síria, enquanto mais de 550 civis foram mortos em oito dias de ataques do regime nesse reduto rebelde, localizado perto de Damasco.
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O texto do Conselho de Segurança precisou de mais de quinze dias de negociações para obter a aprovação da Rússia, aliada do regime de Bashar Assad.
Os ataques aéreos e os disparos de artilharia do regime em Ghuta Oriental continuavam nesta segunda-feira, apesar de aparentemente terem diminuído de intensidade, fazendo 22 mortos entre oscivis, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Grupos opositores e organizações de direitos humanos denunciaram o uso de gás cloro em um ataque das forças sírias contra Ghuta Oriental.
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A Syrian American Medical Society afirmou que dezesseis pacientes, entre eles seis crianças, foram internados em um hospital da região “sofrendo sintomas que indicam exposição a compostos químicos”. No Twitter, os Capacetes Brancos, uma organização de defesa civil síria, relataram que uma criança foi morta em um ataque químico na cidade de Shyfuniat.
Um líder do poderoso grupo rebelde islamita Jaich al-Islam, Mohamed Alluche, acusou o regime em sua conta no Twitter. Já Moscou denunciou nesta segunda-feira “informações falsas”.
No dia anterior, o Ministério da Defesa havia culpado os insurgentes, afirmando que eles preveem “o uso de substâncias tóxicas para acusar as forças governamentais de usar armas químicas contra a população civil”.
As forças do regime de Bashar Assad iniciaram em 18 de fevereiro uma intensa campanha aérea contra Ghuta Oriental, último reduto controlado pelos rebeldes perto da capital síria.
Segundo a imprensa estatal, os ataques são um prelúdio de uma ofensiva terrestre para reconquistar esse território de 100 quilômetros quadrados, que fica próximo a Damasco.
A ofensiva, contudo, tem feito cada vez mais vítimas civis, apesar das constantes declarações do governo sírio garantindo que tem como alvo apenas terroristas e rebeldes. Grupos de monitoramento e ONGs de direitos humanos denunciam irregularidades nos ataques do Exército sírio desde o início da guerra.
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