Rússia expulsa diplomatas de 23 países por caso de ex-espião
Na quinta-feira, a Rússia anunciou a expulsão de 60 representantes americanos
A Rússia expulsou nesta sexta-feira diplomatas de 23 países no total, entre eles 16 membros da União Europeia (UE), por terem se solidarizado com o Reino Unido pelo envenenamento do ex-espião duplo Sergei Skripal em território britânico.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia respondeu de acordo com o princípio de reciprocidade a esses países, que expulsaram nesta semana por volta de 150 diplomatas russos, uma medida que foi condenada energicamente por Moscou. O governo russo convocou embaixadores de nações como França, Grã-Bretanha, Alemanha, Holanda e Polônia – para notificar as medidas de represália.
A embaixadora da Holanda, Renée Jones-Bos, foi a primeira a anunciar as sanções contra seu país. “Dois de meus colegas abandonam Moscou, mas nós (a embaixada) continuamos aqui”, disse. A medida é equivalente à anunciada por Haia em 20 de março.
O ministério das Relações Exteriores da Alemanha informou que a Rússia vai expulsar quatro diplomatas alemães em resposta à decisão de Berlim de enviar quatro agentes russos de volta ao país natal como parte do caso Skripal.
A Lituânia também informou a expulsão de três diplomatas de sua embaixada em Moscou, medida equivalente à adotada pelo governo de Vilna.
Moscou também anunciou que deu a Londres o prazo de um mês para reduzir do número de funcionários diplomáticos na Rússia, para limitar ao mesmo número de diplomatas russos presentes no Reino Unido.
Em 17 de março, a Rússia anunciou a expulsão de 23 diplomatas britânicos e o fechamento do British Council e do consulado britânico de São Petersburgo.
O Kremlin afirmou nesta sexta-feira que não é responsável pela “guerra diplomática”. “Não foi a Rússia que iniciou uma guerra diplomática, não foi a Rússia que iniciou as sanções ou a expulsão de diplomatas”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Na quinta-feira, a Rússia anunciou a expulsão de 60 diplomatas americanos, em reposta à mesma medida adotada por Washington em consequência do caso do ex-espião russo Serguei Skripal, envenenado em 4 de março no Reino Unido ao lado de sua filha Yulia. Londres acusa Moscou pelo envenenamento, mas o governo russo afirma que é inocente no caso.
(Com agência internacionais)