Em mais um sinal da importância que a Rússia atribui ao seu poder de dissuasão nuclear estratégico, o Kremlin divulgou nesta quinta-feira, 15, um vídeo de militares instalando um míssil balístico “Yars” em um lançador, na região de Kaluga, nos arredores de Moscou.
O vídeo do Ministério da Defesa pretendia marcar o evento, pouco antes do “Dia das Forças de Mísseis Estratégicos” da Rússia. Em comunicado, a pasta disse que um “míssil balístico intercontinental do complexo Yars foi carregado em um lançador de silo na formação de mísseis Kozelsky, na região de Kaluga”.
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“A importância desta operação reside no fato de que o míssil estará em serviço de combate conforme planejado. A Pátria receberá outra amostra de armas de mísseis nucleares, o que nos permitirá resolver quaisquer tarefas no nível estratégico”, disse Alexei Sokolov, comandante da formação de mísseis Kozelsky, em um vídeo compartilhado pelo ministério juntamente com o comunicado.
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O anúncio da instalação do míssil intercontinental da Rússia ocorre após relatos de que o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está finalizando planos de enviar um sistema avançado de defesa aérea de longo alcance à Ucrânia chamado “Patriot”, para ajudar a conter os ataques de Moscou.
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Em um comunicado na noite de quarta-feira 14, a Embaixada da Rússia em Washington afirmou que qualquer remessa de mísseis Patriot para a Ucrânia pode “levar a consequências imprevisíveis” e ameaçar a segurança global.
“Se isso for confirmado, testemunharemos mais um passo provocativo do governo [Biden]”, disse o comunicado da Embaixada da Rússia.
Na terça-feira 13, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que quaisquer mísseis Patriot enviados à Ucrânia seriam alvos legítimos para as forças russas, mas acrescentou que o plano dos Estados Unidos não havia sido confirmado.