Rússia já tem estrutura preparada para invadir a Ucrânia, diz TV dos EUA
Instalações ao longo da fronteira com a Ucrânia podem abastecer as linhas de frente por até um mês
As forças da Rússia já têm estrutura instalada ao longo da fronteira com a Ucrânia, caso decidam realizar uma invasão imediata. É o que reportou a rede de TV CNN nesta sexta-feira (3). O plano conta com unidades médicas e linhas de combustível que podem aguentar um conflito prolongado.
Os atuais níveis de equipamentos na área podem abastecer forças da linha de frente por sete a 10 dias e outras unidades de apoio por até um mês, contam duas fontes à CNN.
As autoridades americanas e de outros países ficaram alarmadas com o possível ataque. Ainda não se sabe ao certo se Vladimir Putin vai de fato invadir o território ucraniano ou se é apenas uma maneira de intimidação para obter concessões do Ocidente.
As autoridades dizem que a Rússia está se posicionando para lançar um ataque em um prazo muito curto. Os EUA ainda estão decidindo que tipo de assessor militar enviarão à Ucrânia.
“Não sabemos se o presidente Putin tomou a decisão de invadir. Sabemos que ele está instalando a capacidade de fazê-lo rapidamente, caso decida”, disse o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.
Os Estados Unidos vão fornecer para a Ucrânia nos próximos dias novos barcos de patrulha militares e armas antitanque, como mísseis Javelin. Por enquanto desistiram de fornecer mísseis terra-ar, considerados pela Rússia uma “provocação”.
A Rússia negou nos últimos dias que tenha planos de atacar a Ucrânia, mas também exigiu a promessa de que o Ocidente não aceitará a Ucrânia na OTAN.
“Se a OTAN ainda se recusar a discutir este tema ou as garantias ou ideias apresentadas pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, é claro que tomaremos medidas para garantir que nossa segurança, nossa soberania e nossa integridade territorial não dependam de ninguém “, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
Americanoa e aliados na Europa alertaram a Rússia sobre severas sanções econômicas caso ela avance para invadir a Ucrânia. Sobretudo, os aliados têm pressionado por uma solução diplomática, que esperam diminuir as tensões.