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Rússia reforça que condições para fim da guerra na Ucrânia não mudaram

Fala da Chancelaria se dá às vésperas de encontro entre Vladimir Putin e Donald Trump

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 ago 2025, 16h54 - Publicado em 13 ago 2025, 11h53

Às vésperas de um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Rússia deixou claro nesta quarta-feira, 13, que suas condições para o fim da guerra na Ucrânia não mudaram, girando em torno da retirada completa de tropas de Kiev das regiões que Moscou pretende anexar (cerca de 20% do território do vizinho) e o abandono das ambições ucranianas de se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a principal aliança militar ocidental.

Após relatos na imprensa de que Washington entendia que o presidente russo, Vladimir Putin, estava pronto para ceder em suas demandas territoriais, o porta-voz adjunto do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexei Fadeev, rejeitou quaisquer mudanças.

+ Cortado de cúpula EUA-Rússia, Zelensky vai a Berlim para reunião virtual com Trump

“A posição da Rússia permanece inalterada e foi expressa neste mesmo salão há pouco mais de um ano, em 14 de junho de 2024”, disse Fadeev, referindo-se a um discurso proferido por Putin na época no Ministério das Relações Exteriores.  Atualmente, a Rússia controla 19% da Ucrânia, incluindo toda a Crimeia, toda Luhansk, mais de 70% das regiões de Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson, e partes das regiões de Kharkiv, Sumy, Mykolaiv e Dnipropetrovsk.

Em paralelo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chegou a Berlim nesta quarta-feira, 13, para encontrar-se com seus homólogos europeus e realizar uma reunião virtual com Trump, com objetivo de dissuadi-lo de fazer concessões extremas à Rússia em sua cúpula com o Putin, marcada para esta sexta-feira, no Alasca. Zelensky e membros da União Europeia não foram convidados para as negociações.

Esta será a última chance para os líderes europeus moldarem as ideias que Trump levará na mala para a cúpula no Alasca na sexta-feira, e para enfatizar algumas das “linhas vermelhas” que a Ucrânia traçou. Zelensky já havia dito, por exemplo, que não poderia concordar com a cessão de terras em troca de um cessar-fogo, uma vez que Moscou poderia usar o novo território como trampolim para iniciar uma futura guerra.

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As três rodadas de negociações entre Rússia e Ucrânia realizadas neste ano não tiveram resultados. Ainda é incerto se a cúpula no Alasca ajudará a aproximar as partes para alcançar a paz. Os Estados Unidos e a Rússia buscam elaborar um acordo de cessar-fogo no qual será estabelecido que territórios ucranianos capturados passarão a fazer parte do mapa russo, afirmou a agência de notícias americana Bloomberg nesta sexta-feira, 8, com base em fontes familiarizadas com o assunto.

A Ucrânia, contudo, não pode constitucionalmente abrir mão de territórios. Além disso, Zelensky rejeita qualquer proposta que vá contra o princípio da soberania — mas, caso o presidente aceite o acordo, tropas ucranianas deverão bater em retirada de Luhansk e Donetsk, áreas que nunca foram completamente dominadas pelos russos desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.

Segundo a Bloomberg, há um risco de que Zelensky seja encurralado com um acordo de “pegar ou largar”. Com o retorno de Trump à Casa Branca, em 20 de janeiro, o líder ucraniano passou a ser jogado para escanteio nas negociações sobre o fim da guerra. O republicano, ao contrário do ex-presidente Joe Biden, optou por privilegiar discussões com Putin, ainda que a relação dos dois tenha sido marcada por altos e baixos, de admiração a críticas efervescentes.

No tabuleiro bélico, aliados europeus temem que a Ucrânia termine a guerra no prejuízo, sem parte de seu mapa, enquanto Putin ganha tempo e espaço para reconstruir as forças armadas russas. O acordo, disseram autoridades à agência, exigiria que Putin interrompesse a ofensiva nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia, bem como em outras linhas de frente do confronto. Mas o plano ainda está em andamento, sendo passível a mudanças. Uma trégua permitiria o avanço das negociações de paz para o fim da guerra, que caminha para o seu quarto ano.

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