A Rússia vetou nesta quarta-feira, no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução apresentada por Estados Unidos, França e Inglaterra para condenar o ataque químico da semana passada na Síria e pedir ao regime de Bashar Assad que colabore com a investigação. A decisão reforça a posição de apoio de Vladimir Putin a seu aliado, afasta ainda mais uma boa relação com os americanos e afunda a reputação do país, que insiste em negar envolvimento no ataque de Idlib.
O texto recebeu dez votos a favor, três abstenções (China, Etiópia e Cazaquistão) e dois votos contrários, de Bolívia e Rússia, que fez valer seu direito de veto como membro permanente. Foi a oitava vez que os russos usaram seu poder de veto na ONU para barrar resoluções sobre o conflito sírio.
O veto aconteceu horas após Putin receber no Kremlin o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson. Também esteve no encontro o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, com quem o americano se reuniu mais cedo para abordar a crise na Síria e a atual tensão entre Washington e Moscou. Apesar da reunião, os representantes não mostraram qualquer sinal de amizade. Depois de duas horas de conversa, Lavrov afirmou em entrevista que a confiança entre as nações está em um nível baixo e que “dois poderes nucleares proeminentes não podem ter essa relação”.
(Com EFE)