O secretário do Interior do Reino Unido, Sajid Javid, declarou, nesta quinta-feira 13, que assinou um pedido para que Julian Assange seja extraditado aos Estados Unidos, onde ele enfrenta acusações de invasão de computadores.
Falando no programa Today, Javid declarou: “Ele está bem atrás das grades. Há um pedido de extradição dos Estados Unidos que chegará aos tribunais nessa sexta, mas eu já assinei o mandado de extradição”.
É esperado que autoridades americanas apresentem à Justiça britânica, nesta sexta, os elementos de que dispõem para sustentar seu pedido de extradição do australiano.
Para este dia, está prevista uma audiência no tribunal londrino de Westminster. Nesse momento, “as autoridades americanas apresentarão as provas que respaldam seu pedido de extradição”, disse editor-chefe do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, em coletiva de imprensa em Londres.
Assange não deverá estar presente, mas, se estiver, será por videoconferência, assegurou Hrafnsson, acrescentando que a sessão se dedicará, principalmente, a questões de procedimento.
O “primeiro confronto de argumentos real” entre as autoridades americanas e a defesa do fundador do WikiLeaks acontecerá dentro de várias semanas, ou até mesmo meses, completou.
Hrafnsson ressaltou que a legislação antiespionagem invocada pela Justiça americana é um “marco jurídico arcaico”, que “nunca antes foi utilizado contra um editor e um jornalista”.
Este caso constitui um “momento decisivo para a preservação do jornalismo” e “para a liberdade de imprensa”, insistiu.
Detido em uma prisão de alta segurança de Belmarsh, no sudeste de Londres, Assange foi levado para a unidade médica do centro, devido à preocupação com seu estado de saúde.
Nesta terça-feira, ele recebeu a visita de seu pai, John Shipton, e do artista dissidente chinês Ai Weiwei, segundo a agência de notícias britânica Press Association.
(Com AFP)