Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Secretário de Justiça pede fim de sigilo de operação do FBI contra Trump

Merrick Garland citou 'interesse público' em torno de buscas na casa do ex-presidente realizada na segunda-feira

Por Da Redação Atualizado em 11 ago 2022, 17h37 - Publicado em 11 ago 2022, 17h29
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Secretário de Justiça dos EUA, Merrick Garland, fala sobre o caso George Floyd, em Washington. 21/04/2021
    Secretário de Justiça dos EUA, Merrick Garland, fala sobre o caso George Floyd, em Washington. 21/04/2021 (Andrew Harnik/Getty Images)

    O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Merrick Garland, confirmou nesta quinta-feira, 11, a operação do FBI, a polícia federal americana, na casa do ex-presidente Donald Trump. Em comunicado, no qual disse ter aprovado pessoalmente o caso, ele também afirmou que seu departamento pediu à Justiça o fim do sigilo da operação por conta do “interesse público”.

    Até o momento, apenas o republicano havia confirmado a ida de agentes na segunda-feira ao seu resort na Flórida, conhecido como Mar-a-Lago.

    “Eu aprovei pessoalmente a decisão de recorrer a um mandado de busca”, disse. “O Departamento não toma tais decisões levianamente”.

    + FBI faz operação de busca em casa de Trump na Flórida

    Em documento publicado nesta quinta, Garland afirmou que agentes foram investigar se o ex-presidente removeu ilegalmente registros da Casa Branca ao deixar o cargo, e janeiro de 2021.

    A respeito da retirada de sigilo, a equipe de Garland deu entrada em um pedido para derrubá-lo, assim como a lista de itens recolhidos da casa do ex-presidente, em meio a críticas generalizadas sobre o ineditismo da operação, à medida que foi a primeira contra um ex-ocupante da Casa Branca. A solicitação não inclui os documentos apresentados para solicitar a operação.

    Continua após a publicidade

    A quebra do sigilo, no entanto, não deve ser imediata. O juiz Bruce Reinhart deu entrada em uma ordem exigindo que o Departamento de Justiça apresente uma cópia do pedido pela quebra de sigilo para os advogados de Trump até a tarde de sexta-feira, o que dá tempo hábil para que a defesa de Trump decida se quer recorrer.

    O caso chegou ao Departamento de Justiça após análise do comitê da Câmara dos Deputados que investigou se ele teria violado a Lei de Registros Presidenciais após caixas de documentos da Casa Branca serem descobertas em sua residência na Flórida e surgirem relatos de que ele destruiu registros enquanto estava no cargo.

    Além disso, na própria segunda-feira, o portal de notícias Axios revelou fotos de duas supostas ocasiões em que o ex-presidente teria jogado documentos oficiais em um vaso sanitário. Nas imagens, não está claro o conteúdo dos manuscritos, mas, de acordo com o jornal, eles teriam sido escritos com a caligrafia de Trump em marcador preto.

    Segundo a Administração Nacional de Arquivos e Registros dos EUA, agência independente ligada ao governo, Trump teria levado ao menos quinze caixas de documentos da Casa Branca após deixar a Presidência.

    Embora os registros sejam centrais para qualquer Presidência, no caso de Trump são ainda mais importantes já que estão no centro de outra comissão da Câmara, que analisou a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, que tinha objetivo de impedir a certificação de vitória do presidente Joe Biden e deixou cinco mortos.

    Continua após a publicidade

    Segundo o comitê investigativo da Câmara, Trump não apenas falhou em agir, mas optou conscientemente por não agir. Testemunhas disseram que o ex-presidente não fez um único telefonema para autoridades de segurança durante o ataque ao Capitólio, nem para funcionários do então vice-presidente, Mike Pence, ou do governo em Washington, D.C.

    Em paralelo, o ex-presidente também sofreu um revés nesta semana em uma longa investigação sobre as práticas comerciais na empresa da família, a Trump Organization. Depois de tentar adiar por meses um depoimento, ele teve que comparecer a uma interrogação, na qual se negou a falar, comandada pelo gabinete da procuradora-geral da Nova York.

    Ele negou irregularidades e classificou a busca do FBI como “um ataque” que “só poderia ocorrer em países quebrados do Terceiro Mundo”. Trump também chamou a investigação da procuradora-geral de Nova York, Letitia James, de uma “caça às bruxas” com motivação política.

    Desde março de 2019, os advogados de Letitia James avaliam se Trump e sua empresa aumentaram indevidamente os preços de seus hotéis, tacos de golfe e outros ativos. No início deste ano, ela disse em um processo judicial que as práticas comerciais da empresa eram “fraudulentas ou enganosas”, mas acrescentou que seu escritório precisava interrogar Trump e dois de seus filhos adultos para determinar quem era o responsável por essa conduta.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.