As duas principais lideranças do Senado dos Estados Unidos salientaram nesta segunda à noite que o debate sobre o endurecimento das leis de imigração no país será difícil e que uma solução de compromisso no Congresso terá caminho complicado.
“Nós nos damos bem, a despeito do que se lê na imprensa”, afirmou o líder da minoria, em uma demonstração de camaradagem ao lado do senador democrata Chuck Schumer, ao lado do líder republicano, Mitch McConnell. Na semana passada, ambos ajudaram o Congresso a aprovar uma emenda orçamentária de 400 bilhões de dólares, evitando assim que o governo federal fechasse as portas.
“O tempo para declarações vistosas já passou. Os democratas pediram ‘uma rápida solução’ para a questão da imigração, agora é hora de sentar e negociar essa questão”, acrescentou McConnell.
Isto, o republicano acrescentou, significa chegar a um projeto que possa ser aprovado pelas duas casas do Congresso “e que o presidente possa assinar”.
McConnel disse apoiar a proposta lançada por Trump, que prevê a concessão de cidadania para até 1,8 milhões de “dreamers”, jovens imigrantes que chegaram ilegalmente aos EUA, mas que também endurece as regras para novos imigrantes e elevar o financiamento para a patrulha de fronteiras.
Para ser aprovado, o plano de Trump precisa de ao menos 60 votos no Senado, uma contagem considerada difícil, dada a oposição esperada dos democratas. “Espero que os democratas não usem isso na campanha”, afirmou o presidente ontem, em uma demonstração de que a negociação não será fácil.