Sete mortos e mais de 300 detidos em protestos na Venezuela
Uma nova manifestação foi convocada pela oposição para a próxima quarta-feira
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Julio Borges, afirmou nesta quinta-feira que os protestos da última semana contra o governo de Nicolás Maduro deixaram sete mortos. A informação foi confirmada por duas organizações de direitos humanos no país, o Foro Penal Venezuelano e o Programa Venezuelano de Educação-Ação em Direitos Humanos (Provea). Quatro das vítimas perderam a vida em manifestações no estado de Lara. Além disso, foram contabilizadas 325 detenções desde o dia 6 de abril.
“Sete pessoas morreram pela violência de um governo que nega a Constituição”, disse durante uma manifestação opositora no oeste de Caracas.
O deputado reiterou seu apelo às Forças Armadas do país para que dissolvam os grupos paramilitares armados, apontados como responsáveis por ataques durante os protestos contra Maduro na capital e no interior do país.”Os grupos paramilitares, os coletivos armados, são contra a essência das Forças Armadas”, sustentou.
Borges reiterou sua denúncia de que na Venezuela “houve uma ruptura constitucional que só com eleições pode ser resolvida”, em referência às decisões do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que retirou a imunidade dos parlamentares, anulou os poderes da Assembleia e assumiu brevemente s funções legislativas do país.
O parlamentar pediu aos cidadãos que continuem os protestos para exigir respeito ao Parlamento, declarado em desacato pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ). A oposição organiza uma grande manifestação em todo país para a próxima quarta-feira, dia 19.