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Seul anuncia fim de moradias no estilo do filme ‘Parasita’ após enchentes

Pelo menos quatro pessoas morreram na capital sul-coreana afogadas em propriedades de subsolo, chamadas banjihas

Por Da Redação
11 ago 2022, 11h15
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  • SEOUL, SOUTH KOREA - AUGUST 09: People clean up debris at a traditional market damaged by flood after torrential rain on August 09, 2022 in Seoul, South Korea. The heaviest rainfall in 80 years has pounded Seoul and surrounding regions, leaving seven people dead and six others missing, as well as flooding homes, vehicles, buildings and subway stations, government officials said. (Photo by Chung Sung-Jun/Getty Images)
    Mortes de famílias em apartamentos subterrâneos acenderam um alerta para as autoridades de Seul, capital da Corea do Sul. 11/08/2022. (Chung Sung-Jun/Getty Images)

    As autoridades de Seul, capital da Coreia do Sul, anunciaram nesta quinta-feira, 10, que vão eliminar gradualmente os apartamentos localizados no subsolo da cidade, que ficaram famosos com a super-produção do Oscar “Parasita” (2019). A medida foi lançada após quatro pessoas morrerem afogadas dentro dessas casas, chamadas “banjiha”, durante as tempestades que assolaram a região nesta semana.

    De acordo com a a agência de notícias nacional Yonhap, duas irmãs de 40 anos e uma adolescente de 13, moradoras do distrito de Gwanak, pediram ajuda quando a água invadiu seu apartamento, mas equipes de emergência não conseguiram resgatá-las.

    Outra mulher também faleceu da mesma maneira dentro de sua casa, perto do distrito de Dongjak.

    A tempestade que atingiu a cidade foi considerada a mais forte em 115 anos e inundou residências, estabelecimentos e estações de metrô. O incidente matou pelo menos 11 pessoas e deixou outras oito desaparecidas.

    O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, se desculpou pela tragédia durante uma visita ao local e prometeu ajudar a região a se recuperar do desastre.

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    Os perigos enfrentados pelos moradores das banjihas levou autoridades a interromper a cessão de licenças para a construção das casas subterrâneas. Sob a nova regra, os proprietários terão de 10 a 20 anos para converter a moradia para uso não residencial.

    O governo de Seul já havia prometido ajuda para as famílias que moram em porões após as condições precárias das habitações serem retratadas em “Parasita”, o filme de Bong Joon-ho que recebeu o Oscar de melhor filme em 2020.

    + Os sucessos (e as contradições) da Coreia do Sul de ‘Parasita’

    De acordo com dados oficiais, havia cerca de 200.000 apartamentos semi-subsolo em Seul em 2020, ou 5% de todas as residências da cidade. Os banjihas geralmente são ocupados por pessoas de baixa renda e se tornaram símbolo da crescente desigualdade na Coreia do Sul, a quarta maior economia da Ásia.

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    Ativistas de direitos humanos do país exigiram uma revisão da política habitacional e instaram o governo a construir moradias acessíveis para que a população mais pobre não corra risco de morte nos perigosos apartamentos.

    “À medida que as chuvas se tornam mais fortes e mais frequentes como resultado das mudanças climáticas, a cidade deve embarcar em uma mudança fundamental de sua abordagem aos moradores do semi-subsolo”, disse a Coalizão de Cidadãos pela Justiça Econômica em comunicado publicado no jornal local Korea Herald.

    As residências subterrâneas surgiram em 1970, depois que o governo tornou obrigatória a construção de porões em novos projetos de construção. Embora fosse ilegal morar abaixo do solo, os espaços subterrâneos atraíram moradores à medida que a população da cidade aumentou, devido ao rápido crescimento da economia sul-coreana.

    Os regulamentos de construção foram flexibilizados em 1984 para permitir que os desenvolvedores construíssem apartamentos mais altos, com metade da propriedade localizada abaixo do solo e metade acima do solo.

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