Sob bombardeios, moradores de região síria ‘esperam para morrer’
Após quatro dias seguidos de ataques letais contra área controlada por rebeldes na Síria, mais de 250 civis já foram mortos
Por Da redação
Atualizado em 21 fev 2018, 11h39 - Publicado em 21 fev 2018, 09h12
Criança anda por destroços deixados por bombardeio das forças pró-Assad na cidade de Douma, em Guta Oriental, na Síria - 20/02/2018 (Bassam Khabieh/Reuters)
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1/14 Fumaça sobe dos edifícios após o bombardeio na aldeia de Mesraba, na região de Ghouta ocupada por rebeldes e sitiada nos subúrbios da capital Damasco - 19/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
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3/14 Criança síria ferida em bombardeios atribuídos às forças do governo chora enquanto recebe tratamento em um hospital na cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital, Damasco - 19/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
4/14 Homem faz orações ao lado de corpos preparados para o o funeral de vítimas civis mortas durante ataques aéreos do governo na cidade rebelde de Arbin, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Amer Almohibany/AFP)
5/14 Menino ferido recebe tratamento em um hospital em Douma após ataques aéreos do governo na aldeia síria de Mesraba, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital Damasco - 19/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
6/14 Homem carrega uma criança ferida em bombardeios do governo na cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital Damasco - 19/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
7/14 O pequeno Mohammed chora enquanto recebe tratamento em um hospital em Kafr Batna depois de ter sido ferido com sua mãe nos ataques aéreos das forças do governo na cidade de Jisreen, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Ammar Suleiman/AFP)
8/14 Nuvem de fumaça é vista na sequência de um ataque aéreo das forças do governo sírio à cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital Damasco - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
9/14 Membros da defesa civil síria resgatam um homem dos escombros após ataque aéreo das forças do governo no reduto rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
10/14 Menino corre em frente a edifício completamente destruído durante ataques aéreos das forças do regime sírio na cidade rebelde de Douma, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
11/14 Cão corre em meio aos escombros após um poderoso ataque aéreo das forças do governo da Síria na cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital, Damasco - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
12/14 Homem é socorrido por membros da defesa civil da Síria. Os ataques aéreos do regime após três dias de intensos bombardeios no reduto rebelde de Ghouta já deixaram ao menos 300 mortos - 20/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
13/14 Nuvens de fumaça surgem na sequência de um poderoso ataque aéreo do regime sírio contra o reduto rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
14/14 Homem resgata uma criança ferida após ataque aéreo das forças do governo sírio no reduto rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental nos arredores da capital, Damasco - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
A aviação do governo da Síria voltou a bombardear nesta quarta-feira Guta Oriental, uma área próxima de Damasco e controlada pelos rebeldes, em uma operação que matou cinco civis e deixou mais de 200 feridos, informou a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Os bombardeios atingiram várias localidades da região, onde quase 400.000 pessoas vivem cercadas pelas forças governamentais desde 2013, indicou o OSDH. Desde domingo, os bombardeios da aviação síria mataram 250 civis, entre eles quase 60 crianças, e deixaram centenas de feridos.
À agência de notícias Reuters, os moradores disseram estar “esperando sua vez de morrer” após mais um dia de ataques das forças pró-governo.
O ritmo dos bombardeios pareceu diminuir durante a noite, mas sua intensidade foi retomada na manhã desta quarta-feira, segundo o OSDH. Os ataques também provocaram muitos danos, em particular em hospitais, que ficaram sem condições de funcionar.
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Nas localidades de Arbin e Ain Turma, as forças governamentais lançaram barris de explosivos. Durante a noite, a artilharia governamental disparou mais de 100 obuses, projéteis ocos de carga explosiva que são lançado em trajetórias curvas por tanques.
Imagens divulgadas por grupos de resgate independentes e organizações que lutam pela paz na região mostram cenas fortes de desespero entre os moradores, que fogem das bombas e tentam salvar familiares presos nos destroços deixados após os bombardeios.
Aviso: imagens fortes
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A nova campanha aérea contra Guta Oriental começou no domingo, após a chegada de reforços para uma ofensiva terrestre que ainda não teve início. O governo quer reconquistar esta região, a partir da qual os rebeldes lançam ataques contra Damasco.
A ofensiva das forças de Bashar Assad, contudo, tem feito cada vez mais vítimas civis, apesar das constantes declarações do governo de Damasco garantindo que tem como alvo apenas militantes e grupos rebeldes. Grupos de monitoramento e ONGs de direitos humanos denunciam irregularidades nos ataques do Exército sírio desde o início da guerra.
Guta Oriental é o último reduto controlado pelos rebeldes perto da capital síria. Segundo o jornal Al Watan, ligado ao governo, os bombardeios “são o prelúdio de uma operação terrestre de grande envergadura que pode começar a qualquer momento”.
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