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Sob fúria dos EUA, Rússia estende prisão de repórter americano até agosto

Correspondente do Wall Street Journal, Evan Gershkovich foi detido em março sob acusações de espionagem

Por Da Redação
23 Maio 2023, 19h21
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  • A picture taken on July 24, 2021 shows journalist Evan Gershkovich. - A US reporter for The Wall Street Journal newspaper has been detained in Russia for espionage, Russian news agencies reported Thursday, citing the FSB security services. "The FSB halted the illegal activities of US citizen Evan Gershkovich... a correspondent of the Moscow bureau of the American newspaper The Wall Street Journal, accredited with the Russian foreign ministry," the FSB was quoted as saying. He is "suspected of spying in the interests of the American government" and of collecting information "on an enterprise of the Russian military-industrial complex," agencies reported. (Photo by Dimitar DILKOFF / AFP)
    O jornalista americano Evan Gershkovich, que morava e trabalhava há anos na Rússia, é "suspeito de espionar no interesse do governo americano" e de coletar informações "sobre uma empresa do complexo militar-industrial russo". 24/07/2023 - (Dimitar Dilkoff/AFP)

    Apesar dos apelos americanos, um tribunal de Moscou estendeu nesta terça-feira, 23, a prisão do jornalista americano Evan Gershkovich até 30 de agosto. O correspondente do The Wall Street Journal foi detido em março deste ano sob acusações de espionagem quando fazia uma reportagem na cidade de Yekaterinburg, na Rússia.

    Em abril, a Justiça russa negou um recurso dos Estados Unidos contra a prisão preventiva do repórter. A recusa da fiança e ampliação da prisão, então, não foram recebidas com surpresa, mesmo o tribunal não tendo apresentado provas concretas do possível crime cometido pelo jornalista. Em resposta à decisão, os Estados Unidos condenaram as acusações e pediram a liberação imediata do americano.

    + Biden exige que Rússia liberte jornalista americano acusado de espionagem

    “Ele não deveria ser detido. Jornalismo não é crime. Ele precisa ser libertado imediatamente”, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, à CNN. “Ainda vamos trabalhar muito, muito duro para ver se podemos levá-lo para casa com sua família, onde ele pertence”.

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    O FSB, serviço de segurança da Rússia, disse que Gershkovich, nascido em Nova York e filho de pais russos, “estava coletando informações protegidas sobre as atividades de uma das empresas do complexo industrial militar russo”. Ele era credenciado como jornalista pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

    A ampliação do período de prisão do jornalista, a primeira de um americano sob acusação de espionagem desde a Guerra Fria, foi condenada também pelo The Wall Street Journal ao garantir que “as acusações são comprovadamente falsas”.

    Antes de sua prisão, Gershkovich estava supostamente trabalhando em uma reportagem sobre o Grupo Wagner, a companhia militar privada dirigida pelo empresário Yevgeny Prigozhin, e apoiada pelo Estado russo, que realizou grande parte dos combates na Ucrânia.

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    + Juiz russo rejeita recurso contra prisão preventiva de repórter americano

    Uma saída para o caso seria a troca de prisioneiros, mas a corte russa recusou a alternativa até que o veredicto fosse divulgado. Segundo diplomatas escutados pelo jornal americano The New York Times, o processo de deliberação é longo e pode levar um ano para ser concluído. Em uma movimentação diplomática, autoridades americanas estariam pressionando para conseguir um acesso consular ao jornalista.

    Os pais de Gershkovich, Ella e Mikhail, estiveram presentes na audiência, sendo a primeira vez que viram o filho desde a detenção em 29 de março. “Esperamos que ele esteja muito bem e que possa ser tão forte quanto sua mãe”, disse Mikhail, que usava um button escrito “Free Evan” (Liberte Evan, em português).

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    O americano está detido no presídio de Lefortovo. Caso condenado por espionagem, ele poderá enfrentar até 20 anos de reclusão em uma colônia penal russa. A decisão de ampliar o período de reclusão escala, ainda mais, os embates entre Rússia e EUA, que já apresentam uma relação desgatada pela guerra na Ucrânia. 

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