Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Sob nova coroação: os primeiros desafios do rei Charles III

Enquanto 78% dos britânicos com mais de 65 anos apoiam a monarquia, entre os jovens de 18 a 24 anos o índice cai para escassos 32%

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 dez 2023, 09h29 - Publicado em 22 dez 2023, 06h00

Com a pompa e circunstância esperadas e obrigatórias, a monarquia britânica cumpriu a tradição: em 6 de maio, 240 dias após a morte da rainha Elizabeth, seu primogênito, o rei Charles III, foi coroado na vetusta Abadia de Westminster. Aos 74 anos, mas foi. Diante de uma congregação de cerca de 100 líderes mundiais e audiência televisiva de milhões, o arcebispo de Canterbury, líder espiritual da Igreja Anglicana, pousou lentamente a Coroa de Santo Eduardo, de 360 anos, na cabeça de Charles (o título já era dele desde o minuto seguinte ao falecimento da mãe, seguindo o preceito de que “o rei nunca morre”), sentado em um trono mais antigo ainda, do século XIV. Em seguida, foi coroada a rainha Camilla — um feito e tanto para a amante por muito tempo odiada por seu papel na infelicidade da trágica Diana. Enquanto se desenvolvia a milenar — e maçante — cerimônia, os olhos da maioria se desviaram do monarca sem carisma e se voltaram para a família bem mais charmosa de seu herdeiro.

William e Kate, os príncipes de Gales, de pomposos uniformes, ocuparam lugar de honra ao lado dos filhos Charlotte e Louis — este, aos 5 anos, bocejando como qualquer plebeuzinho (George, o mais velho, fez parte do cortejo). Nas novas gerações está a esperança de que a casa real mais importante e monitorada da Europa consiga preservar relevância e vigor sem a coluna de sustentação de Elizabeth. Charles fez o que pôde neste ano 1 da era carolina: pediu desculpas arrevesadas pelas crueldades contra os escravos e pelos danos do colonialismo em suas possessões no Caribe, fechou-se em espartano mutismo diante das críticas e revelações bombásticas do magoadíssimo filho caçula, Harry, engajou-se em discursos de defesa do meio ambiente — até condecorações da Ordem do Império Britânico ele pregou no peito das meninas do grupo de K-pop coreano Blackpink. Por mais que se esforce, ainda está longe de ser popular: as estatísticas mostram que, enquanto 78% dos britânicos com mais de 65 anos apoiam a monarquia, entre os jovens de 18 a 24 anos o índice cai para escassos 32%. Ainda assim, Charles III segue sorrindo e acenando, como reza a tradição.

Publicado em VEJA de 22 de dezembro de 2023, edição nº 2873

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.