Sobe para 1.571 número de mortos após terremoto e tsunami na Indonésia
Autoridades temem balanço superior a 1000 desaparecidos; 60% da rede elétrica segue danificada, estradas estão bloqueadas e operações de buscas continuam
Por Da Redação
5 out 2018, 10h26
Foto aérea dá noção da destruição causada após o terremoto em Palu, no centro de Sulawesi, na Indonésia (Hafidz Mubarak A/Antara Foto/Reuters)
1/20 Uma balsa de passageiros foi levada para terra firme em prédios em Wani, na região central de Celebes da Indonésia, depois que um terremoto e um tsunami atingiram a área - 03/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
2/20 Navio fica encalhado depois do terremoto e tsunami que atingiram uma área em Wani, Donggala, Central Sulawesi, Indonésia - 03/10/2018 (Athit Perawongmetha/Reuters)
3/20 Mulheres passam diante dos escombros grande mesquita Baiturrahman em Palu, no centro de Sulawesi, na Indonésia após terremoto e tsunami que atingiram a região - 03/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
4/20 Sobrevivente do terremoto caminha sobre os escombros de um complexo fabril em Palu, na Indonésia após o local ser destruído por um terremoto seguido de tsunami - 03/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
5/20 Imagem aérea mostra a grande mesquita Baiturrahman em Palu, no centro de Sulawesi, na Indonésia, após um terremoto e um tsunami atingiram a área - 03/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
6/20 Mulher caminha na área onde ficava sua casa no subdistrito de Lere em Palu, na Indonésia. Cerca de 1400 pessoas morreram no terremoto seguido de tsunami que atingiram a região - 03/10/2018 (Adek Berry/AFP)
7/20 Sobrevivente caminha debaixo de carro após terremoto seguido de tsunami atingir a região de Palu, na Indonésia - 01/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
8/20 Navio é visto encalhado após a passagem de terremoto seguido de tsunami na região de Wani, na ilha de Celebes, Indonésia - 01/10/2018 (Antara Foto/Muhammad Adimaja/Reuters)
9/20 Foto aérea dá noção da destruição causada após o terremoto de 7,5 graus de magnitude seguido de tsunami, em Palu, no centro de Sulawesi, na Indonésia - 01/10/2018 (Hafidz Mubarak A/Antara Foto/Reuters)
10/20 Uma ponte que cedeu após as fortes ondas causadas pelo tsunami, é vista submersa na cidade de Palu - 01/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
11/20 Moradores formam fila para conseguir combustível em um posto de gasolina na cidade de Palu, na Ilha de Sulawesi, Indonésia - 01/10/2018 (Basri Marzuki/Antara Foto/Reuters)
12/20 Equipe de resgate carregam um corpo encontrado nos escombros durante as missões de resgate em Petabo, ao sul de Palu, na Indonésia - 01/10/2018 (Akbar Tado/Antara Foto/Reuters)
13/20 A imagem aérea mostra um barco que invadiu a costa após o tsunami causado pelo terremoto de 7,5 graus de magnitude na cidade de Palu, Indonésia - 01/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
14/20 Residentes de Palu, a cidade mais afetada pelo terremoto seguido de tsunami em Sulawesi, na Indonésia, carregam mantimentos após os tremores - 29/09/2018 (Muhammad Rifki/AFP)
15/20 Carros são vistos em uma vala após a destruição do terreno em que estavam durante o terremoto que atingiu Palu, na Indonésia - 01/10/2018 (Beawiharta/Reuters)
16/20 Moradores que ficaram desabrigados após o terremoto e o tsunami na Indonésia, aguardam para serem levados da cidade de Palu por aviões militares no Aeroporto Mutiara Sis Al Jufri - 30/09/2018 (Akbar Tado/Antara Foto/Reuters)
17/20 Residentes evacuam suas casas destruídas após o terremoto seguido de tsunami que afetou 1,5 milhão de pessoas na Indonésia - 01/10/2018 (Beawiharta/Reuters)
18/20 Vista aérea da mesquita Baiturrahman destruída pelo Tsunami em Palu, Indonésia - 30/09/2018 (Antara Foto/Muhammad Adimaja/Reuters)
19/20 Pessoas buscam combustível na cidade de Palu, Indonésia - 30/09/2018 (Antara Foto/Muhammad Adimaja/Reuters)
20/20 Homem chora próximo ao corpo de sua mãe morta em decorrência do terremoto que atingiu a cidade de Palu na Indonésia - 29/09/2018 (Antara Foto/Basri Marzuki/Reuters)
As autoridades da Indonésia informaram nesta sexta-feira (5) que subiu para 1.571 o número de mortos deixados pelo terremoto de magnitude 7,5 e o posterior tsunami que atingiram há uma semana o norte da ilha de Celebes.
Durante entrevista coletiva, o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla em indonésio), afirmou que o número de feridos subiu para 2.549 e que 152 pessoas ainda estão sob os escombros.
Um total de 1.551 corpos foram enterrados em valas comuns, acrescentou o porta-voz da BNPB. Segundo ele, o governo indonésio também teme que mais de 1.000 pessoas ainda estejam desaparecidas.
“Acreditamos que mais de 1.000 casas foram destruídas, então é provável um balanço de mais de 1.000 desaparecidos em Balaroa”, afirmou Yusuf Latif.
Em Palu, uma das zonas mais afetadas, 60% da rede elétrica segue danificada, segundo indicou a companhia estatal de eletricidade, que espera poder restabelecer totalmente o serviço até o próximo dia 14.
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Além de grandes danos em edifícios e estradas, o terremoto causou deslizamentos de terra em alguns lugares, soterrando vários imóveis em um estranho fenômeno chamado “liquefação do solo”.
As autoridades estabeleceram prazo até esta sexta-feira para encontrar sobreviventes entre os escombros. Porém, uma semana depois da catástrofe, as possibilidades de resgatar pessoas com vida são mínimas.
Ajuda humanitária
Após vários dias de espera, a ajuda internacional começou a chegar aos poucos à região, onde quase 200.000 pessoas precisam de auxílio humanitário urgente. As estradas de acesso e o aeroporto foram muito danificados, o que dificulta o abastecimento.
Os sobreviventes saquearam mercados para obter mantimentos, mas a polícia – que em um primeiro momento ignorou os casos – começou a prender os envolvidos.
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Muitas rodovias ainda permanecem interditadas e os destroços provocados pelos fenômenos são visíveis em todos os lados. Muitos moradores, traumatizados, preferem dormir a céu aberto pelo medo de novos tremores.
Os habitantes hastearam bandeiras improvisadas com fronhas ou lençóis para apontar as casas em que alguém morreu na tragédia.
O vice-presidente indonésio, Jusuf Kalla, anunciou em uma visita a Palu que o estado de emergência pode ser ampliado por vários meses.
Ao menos 29 países se comprometeram a ajudar, de acordo com o governo indonésio. A ONU prometeu liberar 15 milhões de dólares em ajuda. Mas as dificuldades logísticas e a dúvida inicial de Jacarta sobre aceitar o auxílio provocam a demora no processo.
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Os cientistas ainda estão estudando as razões pelas quais o posterior tsunami foi tão violento, já que o tipo de falha onde aconteceu o tremor não costuma gerar grande movimento de ondas gigantes.
Resgate de mãe e filha
Um morador da ilha indonésia de Sulawesi disse que os corpos da irmã e da sobrinha de 43 dias foram encontrados sob um mar de lama e destroços, a mãe agarrando a bebê junto ao peito.
Segundo Ichsan Hidayat, o bairro de Petobo, no sul da cidade de Palu, onde sua irmã Husnul Hidayat morava com a filha Aisah, foi varrido do mapa.
Os agentes de resgate que recuperaram os corpos disseram a Hidayat que sua irmã foi encontrada agarrada a Aisah. “Hoje rezei para que estejam em um lugar melhor. Elas merecem”, disse à Reuters ao terminar as orações de sexta-feira em uma mesquita no centro de Palu, situada 1.500 quilômetros a nordeste de Jacarta, capital da Indonésia.
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