Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Sobe para 21 o total de mortos por causa do blecaute na Venezuela

Entre as vítimas estão cinco bebês; no quinto dia de apagão, explosão em subestação de transmissão de energia afetou parte da Caracas

Por Da Redação
Atualizado em 11 mar 2019, 15h48 - Publicado em 11 mar 2019, 15h35
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Subiu para 21 o total de mortes em hospitais da Venezuela desde o início do blecaute que atingiu o país na quinta-feira 7, informou a organização não governamental Médicos pela Saúde nesta segunda-feira, 11. Há cinco anos, a entidade registra as deficiências em 40 grandes hospitais venezuelanos provocadas especialmente pela escassez de remédios e de materiais médicos.

    O médico Julio Castro, porta-voz da organização, divulgou no Twitter uma lista de mortes registradas até às 21h  (22h em Brasília) de domingo. O governo de Nicolás Maduro nega as informações.

    De acordo com a ONG, só no Hospital Manuel Núñez Tovar de Maturín, no estado de Monagas, no leste do país, 15 pessoas morreram em função das falhas no fornecimento de energia. Em Caracas, quatro recém-nascidos não resistiram ao apagão e também faleceram.

    Em Maracaibo, no estado de Zulia, um bebê também morreu em decorrência da falta de luz. Em Maracay, no estado de Aragua, região central da Venezuela, a vítima foi um paciente adulto.

    Desde 2014, a Médicos pela Saúde realiza a chamada Pesquisa Nacional de Hospitais, para registrar as condições das unidades citadas. Segundo o último levantamento, realizado entre 19 de novembro do ano passado e 9 de fevereiro deste ano, 1.557 pessoas morreram na Venezuela por falta de materiais médicos e 79 por apagões.

    “Nós conhecemos os hospitais. Quando divulgamos esses relatórios é porque nossos médicos e nossas enfermeiras tiveram contato com a história, com as certidões de óbito e sabem o que ocorreu. Pode haver mais (mortos) nos hospitais. É possível”, disse Castro.

    Continua após a publicidade

    Nesta segunda-feira, o fornecimento de energia elétrica na Venezuela continua instável. A falha vem intensificando os problemas da população venezuelana, prejudicando o funcionamento de hospitais e o acesso a produtos básicos.  

    O ditador Nicolás Maduro insiste que o blecaute, que começou na tarde de quinta-feira 7, é fruto de um boicote da oposição, liderada pelo autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, e cancelou mais uma vez as aulas e jornadas de trabalho do país, suspensas desde quinta. Apesar das garantias do líder chavista, que prometeu concentrar equipes para consertar o sistema de energia, os problemas persistem em várias regiões.

    Explosão

    Nesta madrugada, houve uma explosão na subestação Humbolt, no leste da capital Caracas, que interrompeu novamente o abastecimento de luz para alguns bairros. A rede de televisão estatal confirmou o incidente, que não deixou feridos, e afirmou estar investigando as causas, sem entrar em mais detalhes.

    Outras regiões, como a cidade andina de San Cristóbal, próxima à fronteira com a Colômbia, também continuam sem luz nesta segunda-feira. A falta de energia paralisou os serviços de telefonia, transporte e fornecimento de água potável. No domingo 10, pessoas carregavam em fila recipientes com água que descia de uma montanha.

    Continua após a publicidade

    A Assembleia Nacional, controlada pela oposição, convocou uma sessão de emergência para esta segunda-feira para debater o colapso que, em suas palavras, “é fruto da negligência e irresponsabilidade do regime de Nicolás Maduro.”

    Especialistas no assunto acreditam que o blecaute é resultou de uma falha nas linhas de transmissão de energia das hidrelétricas. Mas destacam que a falta de funcionários e a ausência de capacitação para situações de emergência tornam o país mais vulnerável ao problema.

    Maduro declarou que a maior hidrelétrica venezuelana, Guri, foi “sabotada” pela oposição com o objetivo de desestabilizar e levar “desespero” ao povo. O apagão já é o mais longo da Venezuela nas últimas décadas. Em 2013, uma falha afetou 17 dos 23 estados do país por seis horas, e em 2018, oito estados ficaram sem energia por 10 horas.

    (com Reuters)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.