Sobe para 312 o número de mortos no desabamento que ocorreu nos arredores de Freetown, capital do país africano de Serra Leoa, segundo a Cruz Vermelha. As equipes que trabalham no resgate dos corpos no local estimam que o número de vítimas fatais pode chegar a 400.
O governo declarou estado de emergência e o presidente do país, Ernest Bai Koroma, pediu ajuda urgente para as milhares de pessoas atingidas pelo desastre natural. “A devastação nos esmagou. Comunidades inteiras foram aniquiladas. Precisamos de apoio urgente”, disse Koroma em uma coletiva de imprensa.
“A magnitude da devastação foi tão grande que o número de vítimas fatais na comunidade provavelmente será muito maior que o número de mortos já divulgado”, declarou Charles Mambu, ativista de sociedade civil e habitante de uma das zonas afetas, Mount Sugar Loaf. Como sinal de esperança, ele comentou que duas pessoas foram tiradas com vida dos escombros.
Enquanto trabalhadores e voluntários realizavam buscas nessa terça-feira, vários corpos começaram a aparecer em uma praia da cidade . O desabamento da encosta ocorreu enquanto muitas pessoas estavam dormindo. A lama percorreu cerca de 3 km.
O porta-voz do governo de Serra Leoa, Cornelius Deveaux, disse que as operações de resgate para retirar as pessoas das ruínas começaram pela manhã de terça-feira. Equipes foram enviadas ao local para escavar entre as montanhas de lama que se formaram.
Deslizamentos de terra e enchentes são uma ameaça anual em Serra Leoa, todavia, acredita-se que o desastre natural que atingiu a região na última segunda-feira foi o maior das últimas duas décadas. Durante a temporada de chuvas na África Ocidental, costumam ocorrer desabamentos devido ao desmatamento e a falta de planejamento das cidades. Em Freetown, no ano de 2015, as inundações mataram 10 pessoas e deixaram outras milhares sem ter onde morar.
(Com agência Estadão Conteúdo)
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