Subiu para 99 o número de mortos em decorrência dos incêndios florestais que atingem a região central do Chile. A informação foi divulgada pelo Serviço Médico Legal do país, em uma segunda atualização sobre os dados neste domingo, 4.
Mais cedo, o presidente Gabriel Boric fez um pronunciamento à imprensa e anunciou um número de 64 pessoas mortas em razão da tragédia. Boric, na ocasião, afirmou que o número tenderia a crescer “significativamente” após a identificação dos corpos. O presidente ponderou que a divulgação dos dados deve ser feita de maneira “extremamente cuidadosa” e que somente serão comunicadas as informações confirmadas pelo Serviço Médico Legal.
As chamas atingiram principalmente a regiões de Valparaíso e de Viña Del Mar, onde vivem mais de um milhão de pessoas. O governo chileno decretou toques de recolher para ajudar nas ações de evacuação de regiões em risco, tendo em vista que alguns dos focos estão próximos a áreas urbanas – neste domingo, ele informou que a medida será mantida. Também houve um reforço na atuação de militares no esforço de conter os incêndios da região.
Boric declarou situação de emergência no fim da noite de sexta-feira, 2, “para ter todos os recursos necessários” e informou que “a situação dos incêndios florestais é muito difícil devido às temperaturas e aos ventos”. O governo chileno decretou luto de dois dias a partir de segunda-feira, 5.
Neste domingo, o presidente chileno reforçou que a prioridade é salvar vidas, atender os feridos e controlar os fogos.
Investigação
Boric também afirmou que estão em investigação as causas do incêndio, uma “tragédia de uma magnitude muito grande”.
“É difícil pensar que poderiam existir pessoas tão miseráveis e desalmadas capazes de causar tanta morte e dor. Mas, se essas pessoas existem, nós vamos buscá-las, nós vamos encontrá-las, e elas terão de enfrentar não apenas o repúdio de toda a sociedade, mas todo o peso do direito da lei”, afirmou o presidente do Chile.
(Com Agência Reuters)