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Suécia abre inquérito para avaliar resposta das autoridades à Covid-19

Dois principais partidos da oposição criticam a postura do governo de não adotar normas de isolamento; País contabiliza 38.589 casos e 4.468 mortes

Por Da Redação
2 jun 2020, 19h12
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  • A Suécia abrirá uma investigação sobre as respostas das autoridades à pandemia da Covid-19, anunciou o primeiro-ministro, Stefan Lofven, em uma entrevista na segunda-feira 1º. O governo sofre pressão no Parlamento desde sexta-feira 29 para abrir o inquérito. O país escandinavo que optou por não adotar medidas severas de isolamento conta com mais de 38.500 casos e quase 4.500 mortes desde o início da pandemia.

    “Precisamos adotar uma abordagem geral para ver como funcionou nos níveis nacional, regional e local”, disse Lofven ao jornal sueco Aftonbladet na segunda-feira. “Tomaremos uma decisão por uma comissão antes do verão [que começa em 20 de junho no Hemisfério Norte]”, acrescentou.

    A Suécia adotou uma abordagem mais liberal para combater o vírus do que seus vizinhos, como a Dinamarca e a Finlândia, e deixou a maioria das escolas, restaurantes e empresas abertas, baseando-se em medidas voluntárias voltadas para a boa higiene e o distanciamento social para conter o surto.

    Segundo estimativa do jornal The New York Times, a Suécia, que tem 10 milhões de habitantes, contabilizou 38.589 enfermos e 4.468 mortos, cerca da metade destes em casas de repouso, pela Covid-19 até esta terça-feira, 2. Seus três vizinhos de fronteira —  Noruega (5,3 milhões de habitantes), Dinamarca (5,8 milhões) e Finlândia (5,5 milhões) —, que impuseram restrições mais rígidas, juntos têm apenas cerca de 27.000 casos e de 1.100 mortes.

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    Os dados da Suécia ainda devem estar subnotificados, visto que o país realizou desde o início da pandemia apenas cerca de 275.500 testes de Covid-19. Em comparação, os dinamarqueses realizaram mais que o dobro.

    A resposta das autoridades suecas à pandemia levou os governos da Dinamarca e da Noruega a vetarem os suecos da reabertura anunciada na sexta-feira 29 das fronteiras entre os países da região da Escandinávia. Mais de 4.000 pessoas na Suécia, aproximadamente metade delas residentes em casas de repouso, morreram na pandemia, uma taxa per capita muitas vezes mais alta do que em outros países nórdicos.

    Desde sexta-feira, os dois maiores partidos da oposição o Parido Moderado, de centro-direita, e o Democratas Suecos, populista de extrema-direita — pressionam Lofven à abertura do inquérito. 

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    O premiê, do partido Democratas Sociais, lidera um governo de minoria, com 116 dos 349 assentos do Riksdag, o Parlamento sueco. Em comparação, os Moderados têm 70 parlamentares, e os Democratas Suecos 62.

    (Reuters)

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