Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Suécia pode voltar a ter governo de direita após oito anos

Com 90% das urnas apuradas, coalizão de direita deve vencer atual governo; extrema-direita caminha para ser segundo maior partido do país

Por Matheus Deccache 12 set 2022, 15h35

A coalizão composta por partidos de direita está próxima de assumir o governo da Suécia pela primeira vez nos últimos oito anos, de acordo com resultado parcial das eleições nacionais. Até a noite do último domingo, 11, 90% das urnas já haviam sido apuradas. 

De acordo com a apuração, o grupo composto pelos Moderados, Democratas Suecos, Democratas Cristãos e Liberais conquistaram 176 assentos no Parlamento, contra 173 do bloco de centro-esquerda. 

+ Primeira-ministra da Suécia é eleita pela segunda vez após renunciar

Em mais um sinal de guinada rumo à direita, os Democratas Suecos, da extrema-direita nacionalista, devem ultrapassar os Moderados como o segundo maior partido sueco. Com uma agenda anti-imigração, o grupo político pode causar uma mudança histórica em um país que se orgulha de sua tolerância. 

O resultado final deve ser revelado apenas na próxima quarta-feira, 14, mas tudo indica que o líder moderado Ulf Kristersson deverá ser o candidato da direita ao cargo de primeiro-ministro. 

“Não sabemos qual será o resultado. Mas estou pronto para fazer tudo o que puder para formar um governo novo, estável e vigoroso para toda a Suécia e todos os seus cidadãos”, disse ele a apoiadores. 

Continua após a publicidade

No entanto, a atual premiê, Magdalena Andersson, disse que a votação ainda está muito apertada para assumir qualquer derrota e definir um vencedor. 

Kristersson afirmou que pretende formar um governo com os democratas-cristãos e os liberais, e que manteria o apoio dos democratas suecos apenas no Parlamento. Analistas, porém, acreditam que ele precisará se aproximar mais destes últimos, uma vez que devem se tornar o segundo maior partido do país. 

+ Membros da Otan assinam protocolo de adesão para Finlândia e Suécia

“No momento, parece que haverá uma mudança de poder. Nossa ambição é ficar no governo. Doze anos atrás, entramos no Parlamento, quando conseguimos 5,7% dos votos. Agora temos 20,7%”, disse o líder democrata Jimmie Akesson a apoiadores em um evento depois da votação. 

A questão da segurança pública foi um dos temas centrais dessas eleições, principalmente devido ao aumento no número de tiroteios entre gangues no país, o que assustou a população. Além disso, o aumento da inflação e a crise energética causadas pela guerra na Ucrânia também ocupam o centro das discussões. 

Continua após a publicidade

Se por um lado a direita apareceu com um discurso firme contra o crime organizado, o que inflamou os eleitores, o governo social-democrata apresentou soluções para lidar com os problemas econômicos. Antes de se tornar a primeira mulher premiê da Suécia, em 2021, Andersson ocupou por anos o cargo de ministra das Finanças. 

Quando Kristersson assumiu como líder dos Moderados em 2017, os Democratas Suecos, partido anti-imigração com supremacistas brancos entre seus fundadores, foram evitados pela direita e pela esquerda durante as negociações para formação de governo.

+ Os efeitos do pedido da Finlândia e da Suécia para entrar na Otan

No entanto, ele aprofundou gradualmente os laços entre os partidos desde a derrota nas eleições de 2018, e os democratas suecos são cada vez mais vistos como parte da direita dominante.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.