Suposta namorada de Putin fala sobre importância da propaganda de guerra
Em rara aparição, Alina Kabaeva comparou a necessidade do uso da propaganda a de armamentos de guerra, como o rifle de assalto Kalashnikov
“Nosso povo precisa do nosso sucesso”, disse a suposta namorada de Vladimir Putin, presidente da Rússia, em uma rara aparição recente. Alina Kabaeva ainda falou que a propaganda de guerra é tão importante quanto o armamento para os confrontos.
Kabaeva, de 39 anos, fez os comentários durante um discurso na comemoração de aniversário do National Media Group (NMG), onde preside o conselho de administração desde 2014. A NMG foi fundada em 2008 e se descreve como a maior holding de mídia privada russa e gerencia conteúdo em diversas plataformas.
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O vídeo do pronunciamento circulou nas redes sociais, incluindo as do assessor do ministro ucraniano de assuntos internos, Anton Gerashchenko, que se referiu a Kabaeva como “suposta amante de Putin”. No clipe, a mulher fala que “o trabalho de informação hoje nas condições em que vivemos e lutamos por nosso país é como uma arma de guerra” e é recebida por aplausos pelos participantes do evento.
“[O trabalho com informação] é tão importante quanto o fuzil de assalto Kalashnikov. E os correspondentes de guerra sabem disso. Vamos trabalhar”, completou Kabaeva.
Putin's alleged lover, Alina Kabaeva, said that Russian media is a weapon of war, equal in importance to Kalashnikov rifle. pic.twitter.com/A5ZNrhN5rf
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) February 6, 2023
Antes de trabalhar na NMG, Kabaeva ganhou reconhecimento pelo seu trabalho como atleta e política. Quando adolescente, ela competia como ginasta rítmica e ganhou 14 medalhas em campeonatos mundiais e 21 medalhas em campeonatos europeus. Kabaeva se tornou uma das ginastas rítmicas mais condecoradas da história da Rússia e chegou a ganhar o Campeonato Europeu quando tinha apenas 15 anos.
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Em 2001, Kabaeva foi indiciada pelo uso de furosemida, substância proibida em competições de ginástica, junto com sua colega Irina Tchachina. As atletas foram proibidas de proibidas de participar de qualquer competição entre agosto de 2001 e agosto de 2002. A carreira de Kabaeva como ginasta chegou ao fim em 2004.
Entre 2007 e 2014, a suposta amante de Putin fez parte da Duma Federal russa, ou Parlamento, onde fazia parte do partido Russia Unida, que apoiava o atual presidente. Como parlamentar, Kabaeva defendeu uma lei que impedia que órfãos russos fossem adotados no exterior.
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Rumores de um relacionamento entre Kabaeva e Putin começaram por volta de 2008, quando o presidente russo se divorciou de Lyudmila Shkrebneva, com quem foi casado por 25 anos e tem duas filhas. O divórcio só passou a ser reconhecido pelo Kremlin em 2013.
Na época do divórcio, muitas pessoas acreditavam que Putin e Kabaeva haviam ficado noivos secretamente e que o casal já se conhecia desde 2001, quando o presidente concedeu à atleta uma Ordem da Amizade, uma das maiores honrarias da Rússia.
O Kremlin nega os rumores de envolvimento entre o Putin e Kabaeva.