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Supremo de Israel diz que ultraortodoxos devem ser convocados ao Exército

Mudança é vista como golpe à coalizão do premiê Benjamin Netanyahu

Por Da Redação
25 jun 2024, 08h21

A Suprema Corte de Israel decidiu, nesta terça-feira, 25, que estudantes judeus ultraortodoxos devem começar a ser recrutados pelas Forças Armadas, em um golpe à coalizão de governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Em Israel, o serviço militar é obrigatório tanto para homens quanto mulheres. Judeus ultraortodoxos, no entanto, podem evitar convocação caso façam parte das escolas talmúdicas onde se dedicam ao estudo dos textos sagrados, em uma isenção criada em 1948 por David Ben Gurion, fundador do Estado de Israel.

Sob a decisão do Judiciário, o governo deverá retirar o financiamento de quaisquer escolas religiosas, ou yeshivas, cujos alunos não cumpram os avisos preliminares.

“Neste momento não existe um quadro jurídico que permita distinguir entre os estudantes da yeshiva e os destinados ao serviço militar”, afirmou o tribunal em sua decisão. “Consequentemente, o Estado não tem autoridade para ordenar que se evite totalmente o seu recrutamento”.

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O debate voltou à tona após o Parlamento ter lançado, no começo do mês, um projeto de alistamento progressivo dos ultraortodoxos nas Forças Armadas, em meio ao conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, um fato destacado pela própria decisão da Suprema Corte.

“No auge de uma guerra difícil, o fardo da desigualdade é mais agudo do que nunca”, diz o texto.

Embora os militares tenham dito que precisam urgentemente de mais recrutas, líderes ultraortodoxos consideram as isenções como existenciais para preservar as suas tradições.

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“Não há nenhum juiz que compreenda o valor do estudo da Torá e a sua contribuição para o povo de Israel ao longo das gerações”, disse o legislador ultraortodoxo Moshe Gafni, que dirige o Comitê Parlamentar de Finanças.

Partidos ultraortodoxos se opõem firmemente à medida e a frágil coalizão de Netanyahu depende de dois desses partidos – Judaísmo da Torá Unida e Shas – para governar.

Numa sondagem realizada em fevereiro pelo Israel Democracy Institute, 70% dos entrevistados judeus israelenses disseram que a isenção deveria ser alterada”.

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