O Supremo Tribunal venezuelano no exílio determinou na quinta-feira a suspensão de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela e sua proibição para exercer cargos públicos. O veredito foi tomado a partir do inquérito que investiga a relação de Maduro com a empreiteira brasileira Odebrecht, informou o magistrado Antonio Marval.
O plenário foi realizado em Miami, com a presença de vários membros do tribunal. Por videoconferência, participaram magistrados na Colômbia, no Panamá e no Chile.
Os juízes determinaram que a Guarda Nacional Bolivariana notifique e detenha Maduro. Eles pediram à Interpol que emita um alerta vermelho, segundo a resolução.
“A importância desta decisão é o início do processo penal que determinará a responsabilidade, ou não, de Nicolás Maduro nos crimes pelos quais está sendo julgado”, declarou Marval.
Em março, o mesmo tribunal aceitou denúncia de Luisa Ortega, ex-procuradora-geral exilada, contra Maduro por crimes de corrupção relacionados à Odebrecht. A denúncia de Ortega aponta pagamentos feitos a funcionários públicos e empresas fantasmas por parte da construtora brasileira. “O tribunal garantiu todos os direitos fundamentais a Maduro”, assegurou o magistrado.
(Com EFE)