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Tailândia acusa Camboja de violar cessar-fogo horas após entrada em vigor

Governo cambojano nega qualquer atividade militar; Apesar da tensão, reuniões marcadas entre os dois lados do conflito ocorrem normalmente

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 jul 2025, 09h53

A Tailândia acusou o Camboja de violar “deliberadamente” um cessar-fogo entre os dois países, que entrou em vigor às 00h desta terça-feira, 29, para encerrar os confrontos na fronteira que deixaram ao menos 35 mortos, mais de 200 feridos e deslocaram mais de 270 mil pessoas. É um início instável para a trégua, que visa suspender os bombardeios e ataques com foguetes após cinco dias de luta.

O Exército tailandês afirmou ter parado de atirar após a meia-noite, mas continuou a receber tiros do lado cambojano “em vários locais” até esta manhã. O Ministério da Defesa do Camboja, contudo, disse à agência de notícias AFP que não houve “nenhum confronto armado” entre os dois lados desde o início da trégua e o primeiro-ministro do país, Hun Manet, falou que as “linhas de frente se afrouxaram” desde a meia-noite.

Apesar das acusações, as reuniões entre comandantes locais de ambos os lados, marcadas para esta terça-feira, ocorreram normalmente. Os encontros fazem parte do acordo de cessar-fogo. Em 4 de agosto, foi marcada a primeira cúpula do recém-criado Comitê Geral de Fronteiras Cambojano-Tailandesa, a ser sediado pelo Camboja. A Malásia se comprometeu a enviar equipes às regiões fronteiriças marcadas por conflitos para “garantir a implementação e o cumprimento” do cessar-fogo.

A trégua foi anunciada na segunda-feira 28 após encontro na Malásia entre Hun Manet e seu homólogo tailandês, Phumtham Wechayachai. O premiê malásio, Anwar Ibrahim, que também é atual presidente da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), principal bloco da região, mediou as conversas.

Tensões em ascensão

Nas últimas décadas, Tailândia e Camboja nutriram uma relação complexa, tanto de cooperação quanto de rivalidade. Os dois países compartilham uma fronteira terrestre de 800 quilômetros, em grande parte mapeada pelos franceses na época em que controlavam o território cambojano como colônia. Ela tem sido palco para diversos confrontos militares.

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Antes da mais recente eclosão de violência, a tensão vinha aumentando desde maio, quando um soldado cambojano foi morto numa troca de tiros com forças tailandesas na fronteira.

As relações se deterioraram ainda mais após a divulgação de uma conversa por telefone vazada entre a primeira-ministra da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, e o influente ex-premiê cambojano Hun Sen, pai do atual líder do país. Na ligação, Paetongtarn chamou o homem de “tio”, em tom de deferência, e criticou as ações de seu próprio Exército na disputa fronteiriça, o que levou à sua suspensão do cargo pelo Tribunal Constitucional.

Os ataques em si começaram depois que cinco soldados tailandeses foram feridos, perdendo membros, devido à explosão de uma mina terrestre na semana passada. Bangkok acusou o Camboja de plantar a mina na região de fronteira propositalmente, o que o país nega. A Tailândia fechou algumas de suas passagens de fronteira, expulsou o embaixador cambojano e chamou de volta o seu de Phnom Penh. Em seguida, ocorreram confrontos mortais, com bombardeios, lançamento de foguetes, trocas de tiros entre soldados e uso de jatos militares.

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