Gordon Sondland, embaixador dos Estados Unidos junto à União Europeia e que deu um depoimento-chave no caso ucraniano, base do processo de impeachment contra o presidente Donald Trump, foi acusado nesta quarta-feira de conduta sexual imprópria por três mulheres.
O jornal Portland Monthly publicou relatos de três mulheres que afirmam que foram prejudicadas por Sondland, um rico proprietário hoteleiro da cidade de Seattle, por terem negado o assédio do empresário.
Uma das mulheres, Jana Solis, disse que conheceu Sondland em 2008, quando procurava trabalho como especialista em segurança em hotéis.
Solis afirma que o embaixador a recebeu para almoçar e lhe ofereceu um trabalho como “minha nova garota de hotel”, antes de dar um tapa em sua bunda.
A mulher acrescentou que, em seguida, Sondland a convidou para visitar sua casa em Portland, para avaliar sua coleção pessoal de arte, e apareceu nu na área da piscina. Em uma reunião posterior, Solis afirma que ele tentou beijá-la à força.
Outra mulher, Nicole Vogel, revelou tê-lo cohecido em 2003, durante um jantar em busca de investidores para uma nova revista.
Após o jantar, segundo Vogel, Sondland a levou para um hotel de sua propriedade e a convidou para seu quarto, onde primeiro pediu um abraço e depois “tentou me beijar”.
Vogel, que foi proprietária do Portland Monthly, disse que rejeitou o assédio e partiu. Em seguida recebeu um e-mail no qual ele desistia de financiar seu projeto.
Em um comunicado, o embaixador rejeitou todas as acusações: “não têm fundamento e nego todas”. “Estas afirmações falsas de toques e beijos indesejados são inventadas e, acredito, coordenadas com objetivos políticos”.
Sondland assinalou em seu testemunho no processo de impeachment que seguia ordens de Trump ao exigir que o governo da Ucrânia investigasse o ex-vice-presidente Joe Biden, pré-candidato democrata e possível adversário do presidente nas eleições de 2020.
(Com AFP)