Testes de vacina contra coronavírus devem começar em abril nos EUA
Resultados da vacina desenvolvida por farmacêutica Moderna devem estar prontos em julho ou agosto; EUA doaram US$ 1 bilhão para estudos
A farmacêutica americana Moderna afirmou nesta terça-feira 25 que sua vacina contra a SARS-CoV-2 está pronta para testes clínicos, 42 dias depois da companhia obter a sequência genética do coronavírus.
A empresa informou que mandou frascos da vacina chamada ARNm-1273 de sua fábrica em Norwood, Massachusetts, para o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid), do governo americano, em Bethesda, no estado de Maryland. A previsão é que os testes comecem em abril.
As ações da farmacêutica disparavam na terça-feira nos negócios da bolsa americana Nasdaq, após o anúncio do início dos testes.
O Niaid espera iniciar um ensaio clínico com entre 20 a 25 voluntários saudáveis até o final de abril, segundo disse o diretor do Instituto, Anthony Fauci, ao jornal The Wall Street Journal. Os resultados iniciais poderão estar disponíveis em julho ou agosto.
No mundo todo, pesquisadores têm enfrentado uma corrida contra o tempo para descobrir uma vacina eficaz contra a Covid-19, que já deixou 80.240 infectados e 2.700 mortes em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os Estados Unidos prometeram 2,5 bilhões de dólares para combater a doença, sendo mais de 1 bilhão de dólares destinados ao desenvolvimento de uma vacina, com outros recursos destinados à terapêutica e ao armazenamento de equipamentos de proteção individual, como máscaras.
Na China, em Hong Kong, pesquisadores afirmaram que já desenvolveram um tipo de vacina, mas que o período de testes em animais deverá levar alguns meses. A nova vacina seria uma modificação da vacina da gripe, que se propõe a proteger tanto do coronavírus quanto de gripes comuns.
Na britânica Imperial College, as primeiras versões de uma vacina contra o coronavírus já têm sido testadas em ratos. Os testes começaram no começo do mês e devem terminar até o fim do ano.
(Com Reuters)