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Alvo de sanções e acusado de espionagem, TikTok processa governo dos EUA

Medidas decretadas no início do mês por Trump contra o app chinês entrarão em vigor em setembro se a empresa não for adquirida por um grupo americano

Por Da Redação
Atualizado em 24 ago 2020, 16h01 - Publicado em 24 ago 2020, 15h58
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  • O grupo de tecnologia chinês ByteDance, responsável pelo popular aplicativo de vídeos TikTok, confirmou nesta segunda-feira, 24, que entrou com uma ação contra o governo dos Estados Unidos. O processo é uma resposta ao decreto de 6 de agosto do presidente americano, Donald Trump, que visa a bloquear o app a partir de meados de setembro.

    “Hoje estamos entrando com uma ação em um tribunal federal contra os esforços do governo para banir o TikTok nos Estados Unidos”, publicou o ByteDance em um blog.

    O grupo argumenta em sua defesa que a empresa não teve a oportunidade de apresentar seus argumentos antes da assinatura da ordem executiva do início de agosto.

    Assim, a empresa chinesa não teria tido o benefício do “devido processo”, que é garantido pela Quinta Emenda da Constituição americana.

    “Discordamos veementemente da posição do governo de que o TikTok é uma ameaça à segurança nacional”, acrescentou o ByteDance. O grupo ainda afirmou que o decreto de Trump ameaça acabar com 10.000 empregos nos Estados Unidos.

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    Em meio às crescentes tensões diplomáticas e comerciais entre os governo americano e a China, Trump acusa há meses o grupo de tecnologia de desviar dados de usuários americanos para o governo central chinês.

    Além do TikTok, outros produtos tecnológicos chineses, como o serviço 5G da Huawei, também são alvo de campanhas de sanções americanas. O mesmo decreto do início de agosto, que atingiu o TikTok, envolve também o aplicativo de troca de mensagens WeChat.

    A ordem executiva proíbe empresas americanas de realizar qualquer transação comercial com o ByteDance a partir de 20 de setembro, 45 dias após a emissão do decreto.

    A proibição levaria o TikTok a ser excluído das lojas virtuais de aplicativos, como a AppStore, da Apple, e a Google Play, da Google. Ainda é incerto sobre o quão afetados seriam os 100 milhões de usuários nos Estados Unidos que já baixaram o app. Com foco em vídeos curtos e interação entre usuários, o aplicativo é usado principalmente por jovens.

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    Em um outro decreto, também do início de agosto, Trump lançou um ultimato até meados de novembro para que o ByteDance venda os seus bens nos Estados Unidos para uma empresa americana.

    A Microsoft está em negociações para comprar as atividades do TikTok nos Estados Unidos, mas talvez mais amplamente, segundo a imprensa americana. A transação foi avaliada entre 10 e 30 bilhões de dólares.

    (Com AFP)

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