França: tiroteio fecha a Avenida Champs-Élysées, em Paris
O atirador e um policial morreram no incidente, que acontece às vésperas da eleição presidencial
A Avenida Champs-Élysées, em Paris, foi fechada pelas autoridades locais após tiros serem disparados na área. Segundo o sindicato de policiais Unité SGP Police, um policial morreu e outros dois ficaram gravemente feridos. A polícia francesa confirmou que o atirador foi morto no incidente.
O porta-voz do Ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet, disse que o homem saiu de um veículo e começou a atirar deliberadamente contra os policiais que estavam no local.
De acordo com as emissoras locais, o incidente aconteceu por volta das 21h30 do horário local (16h30 em Brasília). A prefeitura de Paris pediu que os cidadãos evitem a região por questões de segurança.
A Champs-Élysées é uma das avenidas mais luxuosas e turísticas e fica localizada no coração da capital da França. Imagens do local mostram dezenas de viaturas policiais e veículos oficiais na avenida, que costuma ficar tomada por pedestres. Helicópteros também sobrevoam a região.
Alerta pré-eleição
A França se encontra em estado de emergência permanente desde os atentados de 2015, mas a eleição presidencial deste domingo 23 aumentou a sensação de insegurança. Na terça-feira, a polícia prendeu dois homens, suspeitos de preparar um ataque “iminente”, em Marselha, no sul do país.
Clément Baur, de 23 anos, e Mahiedine Merabet, de 29 anos, são cidadãos franceses e, de acordo com o procurador-geral de Paris, François Molins, se preparavam para realizar uma “ação violenta em território francês, sem que possamos determinar com precisão o dia e os objetivos”.
Os dois homens eram vigiados pela polícia por radicalização e já haviam sido presos por outros delitos sem relação com o terrorismo, de acordo com uma fonte próxima às investigações.
No apartamento onde estavam estabelecidos em Marselha, a polícia apreendeu 3 quilos de explosivo, uma granada artesanal, várias armas de fogo, incluindo uma metralhadora, munição e uma bandeira do grupo Estado Islâmico (EI). Molins revelou que Mahiedine Merabet tentava entrar em contato com o EI para transmitir um “vídeo jurando lealdade ao grupo”.