Três soldados do exército americano foram mortos e pelo menos duas dúzias de militares ficaram feridos em um ataque de drone a um pequeno posto dos Estados Unidos na Jordânia, disseram autoridades à CNN. O ataque, que aconteceu na madrugada desse domingo, marca a primeira vez que soldados americanos foram mortos por fogo inimigo no Oriente Médio desde o início da guerra de Gaza.
O ataque à base americana intensifica uma situação já complicada no Oriente Médio. Segundo as autoridades, o drone foi disparado por militantes apoiados pelo Irã e parecia vir da Síria. Em comunicado nesse domingo, o presidente Joe Biden prometeu responsabilizar os autores “no momento e da maneira que escolherem”, dizendo que, embora os fatos ainda estejam sendo analisados, sabe-se que o ataque “foi executado por grupos militantes radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque”.
Não está claro por que as defesas aéreas não conseguiram interceptar o drone que matou os americanos na Jordânia, mas o caso intensifica a preocupação em relação à uma possível guerra regional no Oriente Médio, já que a violência tem escalado entre as partes: até sexta-feira, mais de 158 ataques contra as tropas americanas foram registrados na região, até então sem feridos graves ou danos à infraestrutura dos postos militares.
As autoridades americanas afirmaram anteriormente que não querem que as tensões na região evoluam para um conflito maior, mas os Estados Unidos tomaram várias ações retaliatórias contra os grupos apoiados pelo Irã no Iraque e na Síria, uma delas na semana passada, quando mandaram atacar três instalações no Iraque utilizadas pelo Hezbollah e outros grupos afiliados ao Irã. A morte dos americanos também acontece em um momento em que se espera que Estados Unidos e Iraque iniciem, em breve, negociações sobre a presença militar americana no país.