Agentes do FBI encontraram dezenas de pastas vazias marcadas como “confidenciais” durante uma busca na casa de Donald Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida, no mês passado. Os documentos judiciais anteriores confirmavam que o ex-presidente dos Estados Unidos mantinha registros confidenciais em depósitos em sua residência pessoal. No entanto, o material aberto nesta sexta-feira, 2, mostra que os agentes encontraram cerca de 1.500 documentos em seu escritório.
Todos os presidentes dos Estados Unidos devem transferir os seus arquivos e e-mails para os Arquivos Nacionais. O Departamento da Justiça americana investiga se o líder republicano lidou com os registros indevidamente, levando-os da Casa Branca para sua propriedade em Mar-a-Lago depois que deixou o cargo em janeiro de 2021. Trump nega ter cometido alguma irregularidade.
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Os promotores alegam que Trump e seus advogados não forneceram voluntariamente os documentos exigidos, e fizeram esforços para obstruir a investigação. O ex-presidente rebateu as alegações, com o argumento de que já havia mudado o status dos documentos que estavam em sua posse. Ele também afirmou que os arquivos foram mantidos em segurança em um depósito em Mar-a-Lago.
O processo judicial revelado nesta sexta-feira também confirma relatos anteriores de que muitos registros foram misturados com objetos pessoais, incluindo roupas, livros e jornais.
Taylor Budowich, porta-voz de Trump, disse que as ações do governo “não foram uma busca e recuperação cirúrgica e confinada”, mas “um ESMAGAMENTO E AGARRAMENTO”, ecoando a narrativa do ex-presidente de “caça às bruxas” e perseguição política.
Entre os itens recuperados durante a busca em 8 de agosto estavam:
- 3 documentos marcados como confidenciais
- 17 documentos marcados como secretos
- 7 documentos marcados como ultrassecretos
- 43 pastas vazias rotuladas como sigilosas
- 28 pastas vazias rotuladas “Retornar ao secretário/assessor militar”