O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira uma lei que repassa 19,5 bilhões de dólares (60 bilhões de reais) à Nasa, reforçando o plano da agência espacial americana de enviar seres humanos para Marte até 2030.
Trump disse estar “encantado” em sancionar a lei em cerimônia no Salão Oval da Casa Branca, onde estava acompanhado dos congressistas que elaboraram o projeto, do vice-presidente do país, Mike Pence, e das autoridades da Nasa. “Há seis décadas, o trabalho da Nasa inspirou milhões e milhões de americanos a imaginar mundos distantes e um futuro melhor aqui na Terra”, disse Trump. “Essa lei reafirma nosso compromisso nacional com a missão central da Nasa: exploração do espaço e ciência e tecnologia espaciais.”
O presidente também citou a importância da transição das atividades de exploração espacial para o setor privado. Em 2011, a Nasa encerrou os voos de suas naves espaciais e, desde então, depende da Rússia para levar astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS). “Empresas do setor comercial e do privado vão usar essas facilidades [da Nasa], e eu espero que eles nos paguem muito dinheiro, porque eles vão fazer grandes progressos”, disse o presidente americano.
Atualmente, várias empresas privadas, entre elas a Boeing e a SpaceX, estão trabalhando para realizar missões tripuladas para levar os astronautas americanos à ISS sem depender de outros países.
Por outro lado, Trump ressaltou que a lei sancionada nesta terça-feira apoia as atividades de exploração do espaço profundo (além da órbita da Terra). De fato, o texto fixa como objetivo de longo prazo enviar humanos à superfície de Marte até 2030.
Após assinar a lei, Trump recebeu de presente dos representantes da Nasa uma jaqueta de astronauta.
Em outubro do ano passado, o então presidente do país, Barack Obama, afirmou que os EUA estavam no caminho certo no setor espacial, com a cooperação entre o governo e investidores privados, para conseguir chegar a Marte na data estabelecida.
Cortes
A NASA não enfrentará os mesmos cortes que outras agências científicas e médicas, que podem perder grandes fatias de seu orçamento sob a proposta do presidente, apresentada na semana passada. De acordo com a proposta, a agência de proteção ambiental e agências que tradicionalmente recebem apoio bipartidário, terão cortes significativos de orçamento. Conforme reportou o jornal Washington Post, o National Institutes of Health (NIH), órgão americano de pesquisas médicas, perderia 6 bilhões de dólares (quase 20 bilhões de reais), o que representa um quinto do orçamento do NIH.
(Com EFE)