O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou nesta quarta-feira (6) de “perversos” e “injustos” os veículos de imprensa do país que especularam sobre o estado de saúde da primeira-dama, Melania Trump. Ela foi submetida a uma cirurgia renal para remover um tumor benigno, segundo a Casa Branca, em meados do mês passado.
“Os (meios de comunicação) ‘fake news‘ foram tão injustos e perversos com minha mulher e nossa grande primeira-dama, Melania”, escreveu o presidente no Twitter, valendo-se de sua expressão favorita para referir-se aos meios de comunicação que não fazem cobertura favorável sobre seu governo.
“Durante a recuperação da cirurgia, publicaram todo tipo de coisas, desde a sua morte iminente, que ela fez uma plástica facial, que deixou a Casa Branca (e eu) para ir para Nova York ou Virgínia, até que ela (sofreu) abusos. Tudo isso é falso, ela está realmente bem!”, acrescentou o presidente.
Desde antes de sua eleição, Donald Trump tem disparado frequentes e ácidos ataques aos meios de comunicação americanos que resistem em apoiar suas ideias e decisões. A relação entre a Casa Branca e parte da imprensa tornou-se tensa desde sua posse, em janeiro de 2017.
Trump denunciou que, na semana passada, “quatro repórteres viram Melania, na Casa Branca, caminhando alegremente para uma reunião”. Acrescentou que os jornalistas supostamente “não informaram” que a tinham visto “porque isso prejudicaria a história doentia de que (Melania) estaria vivendo em outra parte do mundo, estaria realmente doente, ou qualquer outra coisa”.
Os rumores sobre a saúde da primeira-dama começaram em 14 de maio, quando ela se submeteu a um procedimento conhecido como embolização. O procedimento teria o objetivo de tratar “de uma doença renal benigna”, conforme divulgado pela Casa Branca.
Ela foi operada no hospital militar Walter Reed, na cidade vizinha de Bethesda, Estado de Maryland. Segundo especialistas, os pacientes que são submetidos a esse procedimento têm alta no mesmo dia, mas Melania permaneceu internada no hospital por quase cinco.
A longa hospitalização e o baixo perfil que ela manteve desde que retornou à Casa Branca geraram todo tipo de teorias nas redes sociais, como os rumores de que ela teria abandonado Trump e que estaria cooperando com o procurador especial Robert Mueller, principal investigador do caso da interferência da Rússia nas eleições presidenciais americanas.
No último fim de semana, Melania não acompanhou Trump em uma estadia com vários familiares na residência presidencial de Camp David (Maryland). Tampouco deverá viajar viajar com o presidente para Québec, no Canadá, para a reunião de cúpula do G7, nos dias 8 e 9, nem para Singapura para a aguardada reunião com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, no dia 12.
A primeira-dama não manteve nenhum compromisso formal em sua agenda até terça-feira (5), quando esteve ao lado de Trump em uma recepção para as famílias de militares na Casa Branca, fechada à imprensa.
A primeira aparição da primeira-dama diante das câmaras foi hoje, quando acompanhou Trump em uma visita à sede da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA, na sigla em inglês) para obter informações sobre a temporada de furacões.
(Com EFE)