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Trump confronta juiz durante audiência e magistrado reage

Ex-presidente interrompeu audiência para denunciar suposta perseguição

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h27 - Publicado em 11 jan 2024, 19h54
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  • O ex-presidente americano Donald Trump não perdeu mais uma oportunidade de fazer dos tribunais um palanque político. Durante uma audiência em Nova York, nesta quinta-feira, 11, ele confrontou o juiz Arthur Engoron, responsável pelo caso no qual o magnata é acusado de inflacionar o valor de seus ativos imobiliários.

    A manifestação efusiva e inusitada ocorreu enquanto o magistrado falava com os advogados de defesa e se viu atropelado pela velha ladainha de perseguição jurídica sustentada há tempos pelo magnata.

    “Temos uma situação em que sou um homem inocente”, disse Trump. “Estou sendo perseguido por alguém que está concorrendo a um cargo público.”

    + Justiça dos EUA nega defesa de Trump em julgamento por difamação

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    A pessoa que Trump menciona é a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, a quem acusa de ter movido a ação contra ele somente para angariar frutos políticos, como a simpatia do público. O ex-presidente ainda afirmou que o juiz estaria contra ele.

    “Isso é uma fraude contra mim. O que aconteceu aqui, senhor, é uma fraude contra mim”, disse Trump. “Sei que isso [o processo] é entediante para você”, afirmou ele, se dirigindo a Engoron.

    Em resposta, a autoridade pediu que o advogado do réu que “controlasse o seu cliente”.

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    O processo

    Envolvido em uma série de enroscos judiciais, o principal nome do Partido Republicano para a corrida presidencial deste ano é acusado no processo em Nova York de manipular, junto às empresas de sua família, os valores de ativos imobiliários para ludibriar credores e seguradoras.

    A ação movida pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, ganhou corpo no final de setembro, quando Engoron, que preside a sessão, decidiu que a “fraude contínua” foi comprovada.

    De acordo com Engoron, o gabinete da Procuradoria-Geral do estado de Nova York já tinha provado que Donald Trump e os diretores do seu grupo haviam “supervalorizado” os seus ativos entre US$ 812 milhões e US$ 2,2 bilhões entre 2014 e 2021 (cerca de R$ 2,1 bilhões e R$ 12,2 bilhões).

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    Caso seja condenado, o ex-presidente pode sofrer perdas patrimoniais significativas. Ele pode ficar impedido de fazer negócios em Nova York, o que coloca em xeque o império imobiliário que Trump construiu na cidade. Apesar disso, ele não pode ser preso, pois o  processo é civil e não criminal.

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