O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve assinar nesta segunda-feira uma nova versão do decreto anti-imigração que impedia a entrada de cidadãos de alguns países de maioria muçulmana, informou o jornal The New York Times. Segundo fontes do governo, a nova ordem excluirá da lista de sete nações o Iraque, país parceiro do exército americano na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
As mudanças no decreto, que motivou protestos pelo país e foi barrado na Justiça, têm o objetivo de dar mais embasamento político e legal à medida e são resultado de uma colaboração maior entre agências do governo. A ordem revisada estava originalmente prevista para ser divulgada na última semana, mas foi adiada devido à boa repercussão do discurso de Trump no Congresso, em 26 de fevereiro. É possível que a data seja novamente alterada.
A nova versão do decreto deve excluir o Iraque da lista, segundo as fontes do Times, mas manterá a proibição contra Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. Em outra mudança importante, o decreto revisado deve afetar apenas futuros requerentes de visto dos países listados. Pessoas que já possuem autorização para entrar no território americano, residentes legais permanentes e detentores de green card não devem ser afetados.
Também se espera que o novo decreto remova partes que sugeriam preferência para refugiados que são de minorias religiosas em seus países, o que beneficiava cristãos vindos de países majoritariamente muçulmanos, informou a emissora Fox News. A princípio, a ordem revisada manterá a suspensão da admissão de refugiados, mas deverá tratar os sírios da mesma maneira que aqueles de outros países. O texto anterior dava uma pausa de 120 dias no programa para recebimento de refugiados em geral, porém, barrava os sírios por tempo indeterminado.
(Com Estadão Conteúdo)